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Projecto atrasado por causa dos reassentamentos

O Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) concedeu a Moçambique um crédito de 19,87 milhões de dólares para financiar o Projecto de Irrigação do Vale do Save (PIVSA) que contempla a construção de dois regadios nos distritos de Mabote e Govuro, na província de Inhambane, mas até então nada foi feito no terreno.

Depois de sucessivos adiamentos, tudo indicava que as obras de edificação dos dois regadios que abrangem uma área de dois mil hectares nas regiões de Chimunda, no distrito de Govuro, e Paúnde, em Mabote, iriam arrancar ainda este semestre com o término previsto para Novembro.

Mas até este momento ainda não foram reassentadas as 98 famílias que habitam na área abrangida pelo regadio de Chimunda, em Govuro.

O coordenador do projecto, António André, disse que só este ano é que foi desembolsada parte dos 133 milhões de meticais necessários para a construção de casas tipo dois (T2) para as famílias abrangidas pelo projecto, incluindo infra-estruturas básicas, nomeadamente vias de acesso, escola, posto de saúde, abastecimento de água, entre outras.

Futura cidadela

A ideia passa pela criação de condições que possam atrair mais pessoas à zona de reassentamento que se espera no futuro se transforme numa pequena cidadela resultante do projecto de irrigação. Neste momento decorre a limpeza dos talhões onde serão erguidas as casas.

Muito recentemente terminou a formação dos artesãos que serão envolvidos na construção de casas das famílias abrangidas pelo perímetro irrigável, uma acção ministrada pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP).

O arranque das obras do PIVSA está dependente da retirada da população que se encontra ao longo do perímetro irrigável. O empreiteiro já foi identificado num concurso internacional lançado em 2011.

Em Janeiro daquele ano, o Primeiro-Ministro, Aires Ali, visitou Chimunda, tendo ficado indignado com a lentidão na execução do projecto. No encontro que manteve com os envolvidos no projecto, o Primeiro-Ministro exigiu celeridade, mas até hoje nada foi feito no terreno.

O PIVSA tem como objectivo reduzir os índices de pobreza, através da transformação da agricultura de subsistência em comercial, prover o empresariado no sector agrário e reduzir o impacto das cheias que assolam o vale do Save na época chuvosa.

Com o regadio operacional, estima-se em 40.318 toneladas a produção anual esperada. O milho, arroz, feijões, batata- reno, cebola, tomate, couve e alho são algumas culturas a serem produzidas nos dois mil hectares.

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