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Profissionais de saúde e polícias abandonam Phembe e Fanha-fanha com medo dos homens da Renamo

Os centros de saúde das localidades de Phembe e Fanha-fanha, no distrito de Homoíne, na província de Inhambane, estão sem profissionais de saúde que abandonaram o local com medo dos supostos homens armados da Renamo, que desde a semana passada circulam na região, sem no entanto molestar a ninguém. A polícia local fugiu, também, com a população. Esta refugiou-se na vila sede do distrito e na cidade de Maxixe.

Dia e noite, segundo relatos de populares que consideram que o seu futuro é incerto, os presumíveis homens da Renamo movimentam-se pelas localidades, pedem comida nas comunidades e em caso de necessidade compram. Em Gorongosa, na província de Sofala, enquanto milhares de pessoas das regiões de Vunduzi, Kanda, Nhakuku, Tazaranda, Nhambira, Mucodza, Nhataca, Tambararra, Morombodzi e do posto administrativo de Kanda-nhamadzi procuram lugares seguros devido à intensificação de confrontos militares entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo, há indicação de existência de helicópteros que transportam guerrilheiros para a zona sul de Moçambique, supostamente para o distrito de Homoíne.

Um oficial da Polícia em Gorongosa, que prefere manter o anonimato, garantiu ao @Verdade que, na madrugada desta segunda-feira (06), por volta das 03 horas, partiu da serra de Gorongosa um helicóptero transportando militares em direcção ao sul do país, uma situação que acontece desde a semana passada. Entretanto, o nosso interlocutor não soube explicar se os militares eram da Renamo ou do Exército.

Relativamente as mais de três 3.500 pessoas que abandonaram os seus domicílios à procura de locais seguros na vila sede de Gorongosa, o número tende a aumentar a cada dia que passa nos sítios de acomodação, o que se persistir, nos próximos dias poderá originar problemas relacionados com a falta de assistência e provisão de alimentos. Aliás, alguns cidadãos que se encontram na Escola Primária de Mapombwe e nas associações de AZM e de PACO, por exemplo, já se queixam de não estarem a receber ajuda de forma satisfatória.

 

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