A Inspectora-Geral do Ministério moçambicano da Educação, Quitéria Mabote, reconheceu que uma boa parte de professores que lecciona o primeiro nível do ensino secundário geral no país ainda não possui formação psicopedagógica adequada.
Falando, segunda-feira, segundo a AIM, em Bilene, a margem da IX reunião Nacional Técnica do Conselho nacional de Exames, Certificação e Equivalências (CNECE), que decorre nesta vila municipal da província sulista de Gaza, Mabote apontou como razão principal deste problema a expansão da rede escolar sem que seja acompanhada de formação de professores.
A fonte justificou, por exemplo, que “temos uma base muito larga e muitas escolas no ensino primário. Quando as crianças concluem este nível de ensino, confrontam-se com a necessidade de ingresso no ensino secundário. Mas nós não conseguimos, muito rapidamente, formar professores a altura desta exigência”. Como forma de ultrapassar o problema, a fonte considera importante a requalificação dos pedagogos e a sua respectiva formação.
Contudo, segundo ela, “isto não tem sido fácil pois requer grandes investimentos”. Para que um cidadão leccione o ensino geral, no país, o MINED exige, no mínimo, a formação psicopedagógica de nível médio ou bacharelato. Para a inspectora-geral, este facto pode atenuar o problema porém “não é o desejável.
Mas é o que podemos proporcionar por enquanto”. O CNECE é o órgão que efectua o balanço anual de execução do plano anual nesta área e recomenda actividades importantes para os anos subsequentes, sendo, o seu conselho técnico, constituído por membros do conselho consultivo do MINED que respondem pela área do ensino e investigação em Moçambique.
A IX reunião realiza-se sob o lema “construindo competências para um melhor desempenho nos exames” e vai durar dois dias. A anterior realizou-se em Maio de 2013, na cidade de Pemba, província nortenha de Cabo Delgado.
