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Produtores recusam-se a vender castanha em bruto a preço baixo

Os produtores da região de Muodo, posto administrativo de Malei, no distrito de Namacurra, na província central moçambicana da Zambézia, prometem não vender a sua castanha em bruto a baixo preço. Os produtores defendem que só poderão colocar o seu produto no mercado ao preço mínimo de 12 meticais (um dólar EUA equivale a cerca de 35 meticais) por quilograma, contra o mínimo de seis meticais estabelecido pelo Governo ao nível de todo o território nacional.

 

 

Neste momento, espera-se que a proposta de venderem a castanha em bruto ao preço de 12 meticais por quilo seja alvo de discussão, estando em agenda a realização de um encontro do qual sairá a decisão final sobre o preço a praticar. O jornal “Diário de Moçambique”,  escreve que o Administrador de Namacurra, Pedro Sapange, orientou os produtores a concertarem posições de forma a trazerem, para o encontro, uma proposta consistente sobre o preço que pretendem praticar.

A proposta, segundo o Administrador, deverá ser de consenso para se evitar a criação de um ambiente díspar em que cada um estipula o preço que entende em detrimento da harmonia geral, que se impõe no mercado de comercialização de excedentes. “O Estado definiu como preço mínimo seis meticais, ma isto não impõe que os produtores assumam este preço como o único possível no mercado, dado que este visa apenas situar os camponeses a não venderem a sua produção a valores insignificantes”, esclareceu Sapange.

Os líderes comunitários avançam que a população não vai praticar o preço mínimo, pois a experiência do ano anterior demonstrou que os seis meticais por cada quilo são irrelevantes para proporcionar prosperidade ao produtor. “Ano passado experimentamos vender a seis meticais, mas não foi rentável. Por isso, desta vez temos que começar de 12 meticais o quilograma”, disse, por sua vez, o régulo Herculano Roldão.

Os produtores dificilmente conseguem fazer as projecções de produção da castanha de caju na sua zona, mas, o que sabem, é que a região do Muodo é altamente produtiva, situando-se em lugares cimeiros na lista de potenciais produtores da província da Zambézia. No tocante aos mercados, a população de Muodo não têm muitas oportunidades, dependendo na maioria dos casos da presença de comerciantes estrangeiros, sobretudo os de origem asiática, conhecidos na área por “bangladeses”.

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