A produção do carvão mineral na província central de Tete injectou o correspondente a cerca de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, segundo resultados preliminares do balanço do Governo sobre a produção global de Moçambique do ano anterior.
No período em análise, a produção do carvão foi de cerca de cinco milhões de toneladas, segundo o mesmo balanço que destaca que o sector de mineração de carvão está a ganhar força em Moçambique, como reflexo do investimento directo estrangeiro em vastos depósitos de carvão na província carbonífera de Tete.
A produção passou de pouco mais de 500 mil toneladas de carvão, em 2011, para quatro milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2012, segundo ainda o Executivo moçambicano, realçando que o investimento directo estrangeiro no sector dos recursos naturais, principalmente, carvão e gás, resultou em “rápido crescimento das exportações”.
A situação está ainda a concorrer para o fortalecimento das reservas externas líquidas moçambicanas e na revisão em cima do défice da conta corrente após donativos de 13,3% do PIB para 25,8%, em 2011, para além de contribuir para o aumento das exportações e fluxo de capital.
As reservas brutas incrementaram o nível das importações totais de 3,6 meses para cinco meses e meio, no final de 2012, enfatiza o Governo, realçando que os fortes influxos de capital contribuíram para uma ligeira apreciação da taxa de câmbio efectiva real do Metical nos primeiros nove meses de 2012.
2013
Para o presente ano de 2013, a contribuição da produção de carvão, bem como das exportações dos grandes projectos é projectada para estimular o crescimento económico para 8,4%, realça o documento do Governo, sublinhando que deve ser intensificado o programa de criação de facilidades para o transporte de carvão destinado à exportação através do Porto da Beira.
Ainda neste presente ano, o défice da conta corrente deverá aumentar ligeiramente para 26,5% do PIB e até exceder os 40%, em 2014, pois está projectada a construção da fábrica de gás natural liquefeito (GNL), financiada por empréstimos do sector privado.
Com este cenário, as exportações de carvão reduziriam o défice da conta corrente para 34%, até 2017, reflectindo um equilíbrio da conta corrente a partir de 2020.