Moçambique deverá atingir o volume de 150 mil metros cúbicos ao longo de 2014, representando uma subida de cerca de 50 mil metros cúbicos em relação a 2013. O incremento da produção deverá resultar da sobrevalorização da madeira e do aumento das taxas de exploração, para além do reforço de mecanismos de controlo da exportação da madeira não processada no país, segundo o Ministério da Agricultura (MINAG).
A China é o maior consumidor da madeira moçambicana, tendo absorvido 85% dos 430 mil metros cúbicos de madeira em toro exportados entre 2000 e 2010, de acordo com resultados de um estudo desenvolvido pela Agência de Investigação Ambiental, uma organização não governamental do Reino Unido.
O estudo concluiu ainda que o valor das exportações de madeira nacional para China aumentou de oito milhões de USD para 100 milhões de USD entre 2001 e 2010. O pau-ferro, mondzo, pau-preto, chanate, jambire e umbila são as espécies mais exportadas em toro para aquele país asiático.
Fazem também parte do grupo dos países que mais procuram a madeira moçambicana a África do Sul, Botsuana, Tanzânia, Zimbabué, Namíbia, Maurícias, Alemanha, Japão, França, Maurícias, Malásia, Tailândia, Portugal, Vietname, Singapura, Turquia, Dubai, Índia, Estados Unidos da América, Ilhas Reunião e Itália.
Refira-se que Moçambique é rico em recursos florestais, com uma área de cerca de 40,6 milhões de hectares e 14,7 milhões de hectares de outras áreas arborizadas.
Contudo, grande parte dos seus recursos florestais está a ser explorada e exportada de forma clandestina por operadores nacionais e es- trangeiros devido à corrupção e deficientes mecanismos de controlo pelas autoridades moçambicanas.
