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Produção de açúcar bate recorde em Mafambisse

A fábrica da Açucareira de Moçambique, sediada no posto admi- nistrativo de Mafambisse, no distrito do Dondo, em Sofala, atingiu na recém-terminada campanha uma produção-recorde de 72 mil toneladas de açúcar.

O resultado saldou-se na moenda de 628 mil toneladas da cana-de-açúcar colhidas numa área de aproximadamente 8500 hectares, tendo alcançado assim o terceiro maior rendimento dos últimos 40 anos na história da sua existência.

Tal êxito, que acontece depois do incremento al- cançado na produção do ano de um total de 65.250 toneladas de açúcar, deve-se às melhorias dos sistemas tecnológicos na produção, sobretudo, da cana-de-açúcar, que é a principal matéria-prima daquele tipo de indústria de transformação de bens de consumo.

O director fabril da Açucareira de Moçambique, Pascoal Macule, que revelou a informação ao Correio da manhã, acrescentou que anualmente são envolvidos mais de oito mil trabalhadores, dos quais 3600 efectivos e os restantes sazonais.

Com potencial para produzir mais de 750 mil toneladas de cana por ano, esta unidade de produção tem capacidade instalada de atingir 92 mil toneladas de açúcar por ano, tendo uma área de cultivo de 9956 hectares em cana, sendo que 8629 são colhidas anualmente.

Investidores sul-africanos da firma Tongaat Hulett detêm 85% das acções da Açucareira de Moçambique e associaram-se à fábrica de Mafambisse em 2009 com um capital social de 1.506.471.409,00 meticais.

Dentre os intervenientes na produção incluem-se camponeses e agricultores espalhados pelos vizinhos distritos de Nhamatanda e Búzi em moldes de produção por contrato desta cultura de rendimento, contribuindo, sobremaneira, no alcance destes sucessos de produção.

Porém, Macule realçou que os frequentes roubos de tubagem de alumínio de rega, combustível, incluindo energia eléctrica, até aos assaltos a mão armada grassam o sector.

O facto, caracterizado por bloqueio dos camiões em marcha por meliantes, culminou nesta campanha com o assassinato de um trabalhador. Isto ditou mesmo a interrupção da rega no período nocturno e a transformação da tubagem de alumínio para plástica, esperando-se a reactivação da rega na calada da noite a partir da próxima campanha.

Mesmo com o envolvimento das lideranças comunitárias, a Açucareira de Moçambique acumulou este ano avultados prejuízos monetários nos roubos protagonizados com maior intensidade em Mafambisse e Lamego.

Correio da Manhã

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