Dezasseis pessoas , consideradas mentoras dos desmandos originados pela onda de desinformação à volta da cólera foram julgadas e condenadas, ano passado, com penas que variam de quatro a oito anos de prisão maior, segundo deu a conhecer Alberto Paulo, procurador- chefe provincial, em Nampula.
Paulo referiu que as ondas de desinformação registadas no ano passado em relação às causas daquela grave doença epidémica ocorreram com maior incidência nas províncias da Zambézia, Cabo-Delgado e Nampula.
De acordo, ainda, com a fonte, as violentas manifestações protagonizadas por elementos da população nalguns distritos de Nampula resultaram na destruíção e pilhagem em Centros de Saúde e agressões a funcionários públicos e alguns líderes comunitários, sob alegação de que estes eram “portadores” da cólera e que pretendiam propagá-la para as outras comunidades.
Continuamos a envidar todo o nosso esforço na perseguição e responsabilização criminal dos autores destes desacatos, por forma a desencorajar a sua prática. Disse.
No discurso proferido por ocasião da abertura do ano judicial, o procurador- chefe provincial manifestou-se, igualmente, preocupado com a entrada massiva e desordenada de estrangeiros ilegais no território nacional.
E referiu que, no quadro do seu plano de acção para este ano, a sua instituição estendeu o raio das actividades para mais distritos, reduzindo para apenas quatro o número de distritos que, actualmente, não possuem procuradorias , nomeadamente Nacala- a-Velha, Mecubúri, Mogincual e Lalaua.