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Problemas ambientais minam qualidade de vida em Monapo

O distrito de Monapo, em Nampula, enfrenta, neste momento, vários perigos ambientais, com destaque para as queimadas descontroladas, erosão dos solos e o conflito Homem/animal, fenómenos que reclama uma urgente tomada de medidas visando a sua mitigação, sob o risco de interferirem negativamente na qualidade de vida da população, segundo referiu o administrador local, Salvador Talapa.

Entrevistado pela nossa reportagem por ocasião do Dia Internacional do Ambiente, aquele governante alertou que a contínua prática das queimadas descontroladas ameaça reduzir de forma significativa o nível de fertilidade dos solos em Monapo, facto que terá implicações negativas no contexto dos resultados agrícolas e na arrecadação de renda ao nível da população predominantemente camponesa.

Monapo tem uma extensão de cerca de 3,500 quilómetros quadrados onde habita uma população estimada em 272,400 habitantes.

O clima semi-árido por um lado e, por outro, o húmido seco favorece a multiplicação da espécie animal que, entretanto, devido às queimadas descontroladas conheceu uma redução significativa do seu efectivo com impacto na diminuição de alternativas de arrecadação de receitas para a população locais.

Com um manancial de espécies ao nível das florestas, a sua exploração que dura há vários anos está ameaçada pelas queimadas descontroladas. As arvores pequenas são as mais devastadas pelo fogo ateado com o pretexto de caça aos animais de pequeno porte ainda remanescentes, incluíndo ratazanas.

O distrito é atravessado por nove rios, dois dos quais, nomeadamente Monapo e Ampuesse, têm um caudal permanente cujas aguas são aproveitadas para a agricultura e onde se desenvolve a pesca artesanal.

A actividade agrícola intensa praticada nas margens daqueles rios, onde a disponibilidade de terras aráveis é maior, promove o conflito homem/animal, em que o crocodilo, que é predominante, sai vencedor na maior parte das ocorrências, segundo o nosso entrevistado.

Dados apurados pela nossa reportagem indicam que, em média, uma pessoa, pelo moenos, é atacada mortalmente por crocodilos nos rios supracitados.

Estes dados são, de acordo com Salvador Talapa, reveladores de que a atitude do Homem deve mudar em relação aos factores ambientais. E garantiu que o governo está a desenvolver esforços visando aumentar o número de fontes de água, na medida que é na luta para obtenção daquele precioso liquido que eclode o conflito com a fauna bravia.

Para fazer face à erosão dos solos que ameaça transferir habitantes de três bairros residenciais e destruir a escola secundária do segundo nível de Monapo, aquele dirigente é pelo respeito por parte das populações do plano de estrutura concebido pela edilidade porquanto as construções desordenadas favorecem fomentam problemas ambientais de varia índole.

Segundo apuramos, os serviços provinciais de florestas e fauna bravia em Nampula desenharam um programa visando mitigar os problemas ambientais em Monapo, que focaliza a distribuição de plantas cujo plantio tem impacto no combate à erosão.

Para prevenir os ataques dos crocodilos às pessoas, estão a ser concebidas placas de alerta sobre os locais perigosos, que serão colocadas ao longo do rio Monapo dentro da área municipal onde ocorre muita procura de água.

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