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PRM revolta-se contra o Serviço Penitenciário em Nampula

Os agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, afectos à comissão de serviço nalguns estabelecimentos penitenciários (cadeias e centros prisionais), ameaçam abandonar os reclusos e regressar às suas anteriores unidades laborais, por falta de condições para desenvolverem as suas actividades.

No rosto dos homens da Lei e Ordem em serviço na Cadeia Civil Provincial e na Penitenciária Industrial de Nampula é notário o descontentamento. Tudo começa com as novas reformas no sector público, o que fez com que certos funcionários do Ministério do Interior, neste caso os polícias, fossem integrados no Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) para se juntarem aos então guardas prisionais.

Apesar de terem beneficiado de fardamento penitenciário, à semelhança dos seus colegas do Ministério da Justiça, os polícias sentem-se discriminados. O mais caricato ainda, segundo algumas fontes que falaram na condição de anonimato, os agentes da PRM não têm direito à remuneração a que lhes havia sido prometida e continuam a auferir os chamados “salários de fome”, diferentemente dos que foram estabelecidos no SERNAP.

Em Nampula, cerca de 50 agentes que, no ano passado, foram transferidos do Comando Provincial da PRM para o SERNAP e com a promessa de que a sua folha de salários seria, igualmente, transferida contactaram o @Verdade para manifestaram o seu total desagrado não só com a morosidade deste processo, como também com a forma como que estão a ser dirigidos internamente.

Em declarações ao @Verdade, os agentes em causa disseram ter remetido várias exposições às entidades competentes, mas sem sucesso. “Nós encontrámos situações em que alguns guardas chegavam ao ponto de fumar soruma com os reclusos e alguns iam passear com eles no bairro, cometendo outros crimes. Desmantelámos todas as redes e hoje isso não acontece”, afirmaram, com a garantia de que os seus nomes seriam omissos, segundo a sua vontade.

O @Verdade procurou ouvir a reacção da direcção do Serviço Penitenciário em Nampula, mas ninguém se predispôs a falar do assunto. Para Sérgio Mourinho, porta-voz do Comando Provincial da PRM, cabe aos responsáveis do sector da Justiça pronunciarem-se sobre esta matéria.

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