Cinco cidadãos de nacionalidade estrangeira, dos quais dois nigerianos, um etíope, um somali e outro maliano, encontram-se detidos nas celas da primeira esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade de Nampula por alegada presença ilegal em Moçambique.
Os presumíveis imigrantes ilegais foram neutralizados na madrugada de terça-feira (08), no distrito de Meconta, onde aguardavam por um transporte para seguirem viagem, provavelmente com destino ao distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, com a pretensão de se dedicar ao garimpo.
Dados fornecidos por uma fonte policial afecta à primeira esquadra indicam que os visados foram encontrados na posse de quatro quilogramas de pedras preciosas, sendo três quilogramas de turmalinas e um de rubi. Sabe-se ainda que esta última espécie de pedras valiosas abunda em Namanhumbir, distrito de Montepuez, em Cabo Delgado. Além das pedras em alusão, a PRM confiscou das mãos do grupo dinheiro cuja quantia não nos foi revelada.
O nosso interlocutor disse ainda que dois indivíduos daquele grupo apresentaram documentos falsos e os mesmos foram emitidos na província de Cabo Delgado, a 10 de Agosto último, facto que indica que os cidadãos ora detidos entraram no território moçambicano por via da Tanzânia.
Os cidadãos em causa serão repatriados depois do término da investigação levada a cabo pelas autoridades. Refira-se que Cristóvão Mondlane, procurador provincial de Nampula e líder da Task Force, um organismo criado para o combate ao tráfico de pessoas, apontou, a 25 de Agosto passado, que o recrudescimento do crime relacionado com o tráfico de seres humanos era devido à entrada desenfreada em Moçambique de pessoas de outros países.
