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Homem instado a envolver-se mais na promoção da equidade de género e dos direitos da mulher e da criança

Homem instado a envolver-se mais na promoção da equidade de género e dos direitos da mulher e da criança

 Foto: Instituto Fanelo Ya MinaO envolvimento do homem na promoção da igualdade de género, na sociedade moçambicana, sobretudo no seio da família e da comunidade, é indispensável para a protecção da saúde da mulher, da rapariga, da criança, do idoso, bem como para estancar a marginalização destes grupos, estimular uma paternidade responsável e ajudar a prevenir os males tais como o VIH/SIDA, a violência de género, os casamentos prematuros e a malnutrição, problemas que ainda imperam no país.

Neste contexto, o Instituto Fanelo Ya Mina e o Ministério da Saúde (MISAU) assinaram, há dias, um memorando de entendimento que visa a produção de materiais educativos em matérias de género para a distribuição nas unidades sanitárias moçambicanas, uma medida que para esta instituição do Estado, na altura representada pela directora nacional de Planificação e Cooperação, Célia Gonçalves, vai melhorar a saúde da população e reduzir a pobreza, bem como criar um ambiente favorável para que os homens vençam os estereótipos, participem de forma activa em questões de paternidade responsável, saúde sexual e reprodutiva, prevenção e mitigação do impacto do VIH/SIDA, violência de género e cuidados do idoso.

O acordo, que entrou em vigor no dia da sua assinatura e válido por dois anos renováveis, abrange ainda a área da saúde materno-infantil, cuidados da mulher grávida e promoção dos direitos e bem-estar dos petizes.

Celma Menezes, directora executiva do Instituto Fanelo Ya Mina, uma organização da sociedade civil moçambicana, liderada por mulheres e que visa envolver os homens e rapazes na promoção da igualdade de género e justiça social em várias esferas sociais, considerou que o país enfrenta a “carência de materiais educativos dirigidos ao homem”; por isso, “assinar um memorando desta natureza com o MISAU demonstra a vontade do Governo de abraçar esta causa, a qual eu interpreto como uma estratégia de investimento institucional de longo prazo para o sector da Saúde”.

“A disponibilidade de materiais educativos produzidos localmente” vai trazer “reflexões profundas no seio da sociedade moçambicana sobre a necessidade da utilização da figura do homem a nível individual, comunitário e das unidades sanitárias como um catalisador dos processos de equidade para a melhoria da qualidade da saúde das mulheres, das crianças, dos idosos e dos próprios homens”, acredita Celma.

Segundo a dirigente do Instituto Fanelo Ya Mina, os materiais a serem produzidos “irão ajudar a elevar a consciência dos homens e a desenvolver atitudes e comportamentos mais equitativos e a participarem com as mulheres em questões de saúde sexual e reprodutiva, incluindo na saúde materno-infantil e do idoso, tarefas tradicionalmente executadas por mulheres’’.

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