A Polícia moçambicana (PRM) estima que duas toneladas de haxixe já foram comercializadas no país desde que um navio transportando esta droga escalou, no passado mês de Junho, a costa do distrito de Angoche, na província nortenha de Nampula.
Segundo o chefe do Gabinete de Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Nampula, Inácio Dina, a droga foi descarregada de um navio que escalou a costa de Angoche nos dias 3 e 4 de Junho último.
Do navio, a droga terá sido transportada de duas embarcações até à ilha de Yatá, uma das nove que compõem o arquipélago de Angoche, numa operação supostamente dirigida por um tal de F. Atumane.
A venda de haxixe foi acontecendo normalmente até que um dos membros do grupo de traficantes desviou 90 quilogramas do lote de duas toneladas que se encontravam enterradas num terreno baldio na ilha de Yatá.
Como consequência disso, o negócio passou a acontecer fora do circuito clandestino montado pelos narcotraficantes o que permitiu a detenção de um indivíduo, em Nampula, na posse de 28 quilogramas da droga.
A PRM promete investigar este caso até as últimas consequências, particularmente para esclarecer a forma como navios permanecem ancorados em águas nacionais daquela região sem a actuação das autoridades.
O “Notícias” de Quarta-feira indica que, até agora, a Polícia deteve onze indivíduos envolvidos neste caso, faltando apenas um grupo das 12 pessoas que se acredita estarem envolvidas neste caso. Alguns dos indivíduos ora detidos confessaram ter vendido quantidades consideráveis da droga.