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PRM carrega sobre trabalhadores manifestantes da Omega Segurança

A Polícia moçambicana (PRM) é acusada de ter usado a força sobre os trabalhadores da empresa de segurança privada “Omega Segurança” que, terça-feira, decidiram sair a rua em Quelimane, província central da Zambézia, para se manifestar exigindo o pagamento de 18 meses de salários em atraso.

Segundo escreve o jornal “Diário de Moçambique”, os manifestantes percorreram as ruas da cidade, numa marcha que foi desaguar na Direcção Provincial do Trabalho. “Foi nessa altura que os agentes da Polícia carregaram sobre os manifestantes, numa acção que se saldou em várias detenções, havendo relatos de ocorrência de feridos”, escreve esta publicação editada na cidade da Beira, na província central de Sofala.

No rol das suas reclamações, os manifestantes também exigiam indemnizações, uma vez que a representação da Omega Segurança na Zambézia encerrou as portas, sem antes cumprir com o seu dever, incluindo o pagamento de salários em atraso correspondente a um ano e meio de serviço.

Ao invés de cumprir com as suas obrigações, o empregador terá aconselhado os trabalhadores a filiarem-se numa outra empresa do ramo que foi recentemente criada pela Omega Segurança nos arredores de Quelimane.

Contudo, o Comité Sindical rejeitou esta proposta, defendendo que, em primeiro lugar, deveria ser encerrado o dossier Omega Segurança, através do pagamento dos salários em dívida e rescisão dos contractos celebrados com a instituição ora extinta.

“Estamos muito preocupados porque os trabalhadores da Omega foram abandonados e estão a ser convencidos a abraçar uma nova empresa de segurança, mas a Omega não cumpriu o que a lei estabelece no quadro de rescisão de contratos e o pior ainda é que não pagou salários atrasados”, disse a secretária do Sindicato dos Trabalhadores de Segurança da Zambézia, Flora Munhonha.

“Os trabalhadores estão assim mesmo. Durante os 18 meses muitos apresentavamse todos os dias no seu posto de trabalho, na base da esperança de que os seus salários seriam um dia pagos”, acrescentou ela.

Esta situação afecta cerca de 300 trabalhadores, alguns dos quais já se encontram filiados a outras empresas de segurança existentes na Zambézia, como é os casos da Soprotecção e a 4GAS.

A Direcção provincial do Trabalho confirma o enceramento dos escritórios da Omega Segurança na Zambézia, presumese que o proprietário da referida empresa esteja algures na capital do país.

As autoridades dizem estar a trabalhar no sentido de solucionar este problema, numa altura em que a Omega já encerrou a sua conta bancária na Zambézia.

Refira-se que a Omega Segurança é uma das empresas privadas, cujos trabalhadores realizaram o maior número de manifestações ao longo de 2010 na cidade de Maputo.

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