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Primeiro TGV de África rola desde esta terça-feira entre Joanesburgo e Pretória

O primeiro comboio de alta velocidade do continente africano, baptizado de Gautrain, começou a circular, esta terça-feira, entre as cidades de Joanesburgo e Pretória.

O Gautrain, que circula em túneis escavados nas entranhas da maior cidade sul-africana, Joanesburgo, e à superfície, em viadutos especialmente construídos em várias secções para ultrapassar obstáculos geológicos e urbanos, custou mais de 30 mil milhões de randes (3,125 mil milhões de euros) e é uma peça-chave do plano de descongestionamento da mais utilizada estrada sulafricana.

A M1 liga a capital económica à capital política do país, Pretória. Desde as 05:30 horas desta terça-feira (mesma hora em Moçambique), milhares de passageiros passaram a viajar entre as estações de Rosebank, em Joanesburgo, e Hatfield, em Pretória, por 46 randes (aproximadamente 192 meticais).

O Gautrain, que é gerido por uma empresa de capitais mistos designada por Bombela, lançou também passes semanais e mensais que reduzem os custos de transporte para os que viajam entre as duas cidades diariamente.

As principais estações (Rosebank, Sandton, Midrand e Hatfield) são ligadas aos terminais de transportes rodoviários mais importantes das respectivas zonas por autocarros da rede Gautrain.

Projecções animadoras

As autoridades e os responsáveis pelo projecto esperam reduzir o número de viaturas privadas entre Joanesburgo e Pretória em 25 a 30 mil por dia com a entrada em funcionamento do comboio, que circula a uma velocidade máxima de 160 quilómetros por hora com intervalos de 45 minutos.

Normalmente circulam 150 mil viaturas por dia, em cada direcção, entre as duas cidades, de acordo com os responsáveis. A primeira fase do Gautrain, que liga Sandton, a norte de Joanesburgo, e o aeroporto OR Tambo, foi inaugurada em Junho de 2010, no início da fase final do Mundial de futebol organizado pela África do Sul.

Por inaugurar está o troço entre Rosebank e o centro de Joanesburgo (Park Sation), um ramal subterrâneo concluído há vários meses mas ainda inoperacional devido a um problema relacionado com a extracção de milhões de litros de água de lençóis subterrâneos existentes na zona e cujas dimensões foram mal calculadas pelos projectistas.

Os responsáveis sublinharam que a integridade do túnel não está ameaçada, continuam a decorrer obras adicionais, que incluem a injecção de betão em furos abertos em algumas secções e a abertura de novos canais de extracção de águas residuais. A circulação de composições deverá arrancar no final deste ano.

As composições e os sistemas operacionais do Gautrain foram desenhados e construídos pelo consórcio Bombardier, com sede em Berlim (Alemanha). A empresa gestora, Bombela, garantiu que obedecem aos mais elevados padrões tecnológicos, de segurança e conforto.

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