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Primeiro Ministro de Portugal renuncia após rejeição a plano de austeridade

Primeiro Ministro de Portugal renuncia após rejeição a plano de austeridade

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, disse esta quarta-feira que apresentou o seu pedido de demissão ao presidente do país após o Parlamento rejeitar as medidas de austeridade para redução do défice público propostas pelo seu governo socialista, que é minoritário.

A rejeição “tirou do governo todas as condições para governar”, afirmou Sócrates em pronunciamento na TV. Sócrates acrescentou que o seu governo permanecerá no poder interinamente até que seja encontrado o seu sucessor.

A Presidência da República portuguesa, que confirmou a demissão de José Sócrates em comunicado, anunciou que o Presidente Cavaco Silva vai ouvir os partidos com assento na Assembleia da República na próxima sexta-feira.

Face à demissão do primeiro-ministro, o presidente da República deverá dissolver a Assembleia da República e marcar a realização de eleições legislativas antecipadas, que não deverão ocorrer antes de Junho. Até lá, Sócrates deverá manter-se à frente do governo com funções de gestão.

Numa declaração ao país, após a audiência com o presidente da República, Sócrates responsabilizou os partidos da oposição pelo agravamento da crise económica e financeira. Segundo o primeiro-ministro, a crise política deverá agora obrigar o país a pedir ajuda externa.

“Desde há vários meses que tenho lutado por proteger o país da necessidade de recorrer a um programa de ajuda externa, para que Portugal não ficasse na situação da Grécia e da Irlanda” e “alertei”. para as consequências dessa ajuda.

Sócrates disse que o PEC apresentado pelo Governo colheu o apoio inequívoco da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e dos parceiros europeus, mas agora cai por terra devido ao “mero calculismo político” e à sofreguidão pelo poder. Sócrates disse ainda que esta crise política é totalmente inoportuna, devido às dificuldades económicas já sentidas pelo país.

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