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Presos pelo menos 20 membros de igreja protestante chinesa

Vinte chineses pertencentes à igreja protestante de Shouwang foram detidos quando se preparavam para levar a cabo as cerimónias religiosas da Páscoa em plena rua, por o regime os ter despejado do edifício que ocupavam na zona noroeste da capital Pequim.

Esperava-se que cerca de mil pessoas se reunissem para a celebração. Ao chegar ao local combinado, os membros da igreja de Shouwang encontraram um forte aparato policial: as pessoas suspeitas de pertencer à igreja começaram a ser encaminhadas para autocarros e transportadas para diferentes esquadras da polícia.

O acesso à rua foi vedado, impedindo que os jornalistas se aproximassem dos detidos. Mas de longe, a imprensa garantia que ninguém ofereceu resistência, obedecendo às ordens das autoridades sem protestos. Um dos líderes da congregação, Jin Tianming, que foi colocado em prisão domiciliária, disse à AFP pelo telefone ter tido informação da detenção de 20 a 30 pessoas. Jin foi condenado com outros 12 dirigentes da igreja no início do mês, na sequência de uma rusga da polícia que levou cerca de cem pessoas – elas eram suspeitas de dissidência política, informaram as autoridades.

Os responsáveis da igreja de Shouwang dizem não ter agenda política. Desde a sua fundação, em 1993, já tiveram vários embates com o regime, que tem forçado o despejo da organização dos sucessivos espaços que aluga para os serviços religiosos. Nos últimos dias, Pequim voltou a apertar as restrições sobre as igrejas que funcionam em edifícios residenciais ou comerciais, pondo fim a um período em que tolerou mais ou menos pacificamente a actividade das igrejas que não se submetem à supervisão do Partido Comunista.

No sábado, o pastor Zhang Mingxuan, que preside à Aliança das Igrejas Residenciais da China, também foi detido em Pequim. Na cidade de Guangzhou, no sul, duas missas de Páscoa foram proibidas. E em Hohhot, norte da China, dezenas de líderes cristãos foram presos.

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