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Presidente da Ucrânia planeia trégua e promete controlar a fronteira com Rússia

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou, esta segunda-feira (16), ter ordenado que as suas tropas recuperem o controle da fronteira com a Rússia para abrir caminho para uma trégua e conversas de paz depois de semanas de combates com os separatistas pró-Rússia.

Poroshenko não disse quanto tempo deve durar a trégua no leste ucraniano, onde os rebeldes têm se manifestado contra o governo central de Kiev, mas disse que só pode começar se a longa e porosa divisa estiver segura.

Os seus comentários ressaltaram a sua preocupação de que a Rússia esteja a apoiar os rebeldes enviando tanques, armas e combatentes pela fronteira, especialmente depois que os separatistas abateram um avião militar de transporte no sábado. A Rússia nega a acusação.

“O cessar-fogo será declarado quando a fronteira estiver segura”, declarou Poroshenko numa reunião do seu conselho de segurança, que agrupa chefes da segurança e da defesa. “Declarar um cessar-fogo enquanto a fronteira está aberta seria irresponsável”.

O secretário do conselho de segurança ucraniano, Andriy Parubiy, disse mais tarde que a Ucrânia planeia construir estruturas não-especificadas na divisa para reforçá-la e demarcá-la mais claramente do lado ucraniano, mas não entrou em detalhes.

Poroshenko convocou o conselho depois de prometer uma resposta firme à derrubada do avião perto da cidade de Luhansk, no leste conflagrado, que matou 49 militares.

Mas os seus comentários sugeriram que, em vez de atingir os rebeldes com toda a força do seu Exército, ele deve levar adiante a sua política de duas vias: buscar um acordo de paz e permitir que os civis sejam retirados enquanto pressiona com uma campanha militar.

A reacção inicial dos rebeldes foi desdenhosa. “Ninguém aqui acredita no que Poroshenko diz. Ele disse que haveria um corredor humanitário para mulheres e crianças, e meia hora depois estavam a bombardear a cidade de Slaviansk”, afirmou um porta-voz da autoproclamada República do Povo de Donetsk – ambas cidades no leste da Ucrânia.

Ele descreveu a manobra como um cessar-fogo “só para nós, e eles continuarão na ofensiva. Vamos ver se eles param de disparar primeiro”. Dezenas de tropas do governo, rebeldes e civis foram mortos nos combates desde Abril, depois da anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia no mês anterior.

Desde que foi empossado, a 7 de Junho, Poroshenko vem tentando obter consentimento para as suas propostas de paz enquanto intensifica a “Operação Antiterrorista” para expurgar os rebeldes das várias cidades pequenas e grandes que ocuparam no leste, onde a maioria da população fala russo.

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