O Presidente da República, Armando Guebuza , exortou os moçambicanos a usarem os sistemas e abastecimento de água como oportunidade rara para valorizar os recursos disponíveis no país para que também possam servir também as gerações vindouras.
Guebuza falava esta sexta-feira, em Boane, na cerimónia de inauguração do novo sistema de abastecimento da água aos municípios de Maputo, Matola e Boane, que beneficiou de grandes obras de reabilitação e expansão. Na ocasião, Guebuza destacou a importância para a conservação das novas infraestruturas para que as mesmas possam ter durabilidade e servir um maior número de pessoas.
O custo da reabilitação do sistema de abastecimento, inaugurado pelo Chefe do Estado, está calculado em 95 milhões de euros, dos quais 81 milhões disponibilizados pelos financiadores e os restantes pelo governo de Moçambique. O sistema vai permitir aumentar substancialmente o número de beneficiários de 670 mil para 1,5 milhões de habitantes. O mesmo possui uma capacidade de produção de 240 mil metros cúbicos de água contra os 144 mil metros cúbicos anteriores, e uma capacidade de armazenagem de 205 mil metros cúbicos, disponibilizando água ininterruptamente durante 24 horas por dia.
Segundo Guebuza, a conservação e o bom uso das infraestruturas hoje inauguradas vai permitir que os recursos gerados não sirvam apenas para a reabilitação e manutenção, mas também para a expansão da rede permitindo que mais moçambicanos tenham acesso a agua potável, uma condição essencial para uma vida saudável. “O nosso desafio e’ aumentar a cobertura porque reconhecemos o papel que o acesso a água potável joga na agenda nacional de luta contra a pobreza. A água joga um papel de grande relevo na limpeza e higiene, bem como na economia porque impulsiona a produção agrícola para além de viabilizar a realização de projectos empresariais”, disse Guebuza.
Para o Presidente Guebuza, estas são alguns factores que levaram o governo a realizar vários programas de reabilitação e expansão da rede de abastecimento de água noutras regiões do país, tais como nas cidades de Chimoio em Manica, Nampula e na cidade portuária de Nacala e em Lichinga, a capital da província de Niassa.
“Para além destas obras estamos envolvidos na melhoria das condições de abastecimento de água e saneamento em vários locais, sendo de destacar, para breve, o arranque do projecto de uma nova fonte na Barragem de Corrumana, na província do Maputo, para abastecer não só os actuais centros urbano mas também a região do grande Maputo, nomeadamente Moamba, Pessene, Tenga e Marracuene”, anunciou o ministro da Obras Públicas e Habitação Cadmiel Muthemba.
Na ocasião, Cadmiel Muthemba, explicou que o aumento da capacidade de produção de água para 240 mil metros cúbicos por dia vai contribuir para a melhoria das condições de vida de cerca de 830 mil pessoas. Durante a fase de implementação do projecto de expansão da rede de distribuição foram instalados mais de 600 mil metros de tubagem, criando cerca de 1.300 postos de trabalho.
As obras de reabilitação e expansão do sistema foram executadas por vários empreiteiros, nomeadamente, o consórcio Mota-Engil/EFACEC/Sogitel, para a Estação de Tratamento de Água (ETA), China Geo para as adutoras, CHICO para os Centros Distribuidores e rede de distribuição e Profuro Internacional para a construção dos pequenos sistemas de abastecimento de água.