O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, rejeitou, este domingo (24), o pedido de perdão de Silvio Berlusconi pela condenação do ex-primeiro-ministro por fraude fiscal, e disse ao líder da centro-direita que ele deve cumprir a lei se for expulso do Parlamento esta semana.
Um comunicado do gabinete de Napolitano disse que o ex-primeiro-ministro tinha não só falhado em se comportar de uma maneira que pudesse tornar o perdão possível, mas também havia “expressado julgamentos e intenções de extrema gravidade”.
O Senado italiano vai votar na quarta-feira se Berlusconi, de 77 anos, deve perder a sua vaga, depois de ter sido considerado culpado, em Agosto, de planear um sistema complexo e ilegal para reduzir a factura fiscal da sua empresa Mediaset.
Napolitano estava a responder a um pedido feito por Berlusconi, no sábado, para que o chefe de Estado lhe concedesse perdão, mesmo sem ele ter feito uma solicitação formal. O presidente disse a Berlusconi para “não realizar protestos além dos limites de respeito às instituições” se for cessado.
No sábado, Berlusconi disse aos membros do seu partido Forza Italia que a expulsão do Parlamento seria um “golpe de Estado”. O partido planeia realizar protestos de rua no dia da votação, que deve cessar o mandato do magnata da mídia.