O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, anunciou, Quinta-feira (28), que o país terá eleições gerais a 12 de Maio, e defendeu uma nova cultura política que impeça os cidadãos de serem “roubados” e “enganados”.
O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, renunciou, semana passada, após protestos contra o preço da energia eléctrica – a gota de água para a insatisfação de muitos cidadãos do mais pobre país da União Europeia.
Embora a Bulgária tenha evitado os problemas de dívida e deficit que assolam muitos outros países europeus, ao manter uma moeda própria ancorada ao euro, o crescimento económico é lento, e o desemprego subiu para quase 12 por cento.
A presença de dezenas de milhares de pessoas nos protestos levou o governo a fazer algumas concessões, como a promessa de que a tarifa eléctrica vai cair 8 por cento.
Quem vencer as eleições gerais ficará sob intensa pressão para elevar gastos públicos a fim de melhorar o padrão de vida da população.
“Os nossos compatriotas deixaram claro que desejam coisas simples: querem políticos decentes, querem não ser roubados, querem não ser enganados e querem viver boas vidas”, disse Plevneliev ao Parlamento.
Ele disse que um governo provisório, a ser nomeado provavelmente próxima semana, terá como objectivo manter a estabilidade e cumprir o orçamento de 2013, que prevê um deficit equivalente a 1,3 por cento do PIB, além de implementar compromissos anteriores, como um aumento de 9 por cento nas pensões em Abril.