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Preços de produtos alimentares disparam em flecha

A pouco menos de um mês para a quadra festiva, o preço de bens de primeira necessidade nos principais mercados das cidades de Nampula, Beira e Maputo galopam, à semelhança de um cavalo sem freio, e repercute-se no orçamento doméstico dos moçambicanos. O custo que havia sido definido para a cesta básica já “abortada” agora é outro.

Nos principais mercados do grande Maputo, @Verdade constatou que os preços de produtos alimentares, nomeadamente arroz, tomate, farinha de milho e de trigo, peixe, cebola, óleo e batata têm vindo a sofrer um aumento significativo, variando entre 15 e 20 porcento. A mesma situação verifica-se nas cidades de Nampula e Beira onde o incremento ronda entre 10 a 15 porcento.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), os dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula ao longo do mês de Outubro de 2011, indicam que o País registou, face ao mês anterior, um aumento do nível geral de preços em cerca de 0,09 porcento. A farinha de mandioca teve um aumento de 22,2 porcento, óleo de cozinha (1,9), carvão vegetal (1,2), coco (2,8), da batata reno (4,5), do amendoim (1,1) e feijão manteiga.

Estatísticas à parte, a tabela de preços de bens de consumo praticados nos principais mercados destas três principais cidades do país já começam a inquietar os consumidores, que têm de se adaptar a essa realidade com tendência a deteriorar-se a cada dia. O custo dos bens de primeira necessidade naqueles locais tornam- -se insuportáveis, o que se repercute no orçamento doméstico.

Em Maputo, no início de Novembro, o mercado de Xiquelene e algumas mercearias espalhadas pela cidade deixaram de ser locais nos quais se podia obter produtos de primeira necessidade a preços acessíveis. O quilo de arroz que era comercializado a um valor que oscilava entre 20 e 25 meticais, presentemente a mesma quantidade custa entre 29 e 30 meticais.

Na Beira, a situação não é diferente. O quilo de farinha de milho já não custa cerca de 20 meticais, ronda entre 25 a 27 meticais. O mesmo preço verifi ca-se na cidade de Nampula.

Os produtos que compunham a “cesta básica” desenhada para os moçambicanos com rendimento mensal inferior ou igual a 2500 meticais eram avaliados em 840 meticais e foi “abortada” alegando-se que não havia necessidade pois os preços mantinham-se abaixo do previsto. Presentemente, o mesmo cabaz com as mesmas quantidades chega a custar aproximadamente 2000 meticais.

EIS OS PREÇOS MÉDIOS DE ALGUNS PRODUTOS BÁSICOS EM MAPUTO

Produto/ Quantidade Mercado Central Mercearias Mercado de Xiquelene
1 kg de arroz 30 30 29
1 kg de farinha de milho 30 25 27
1 kg de tomate 30 30 20
1 kg de carapau 90 75 80
1 litro de óleo alimentar 52 35 42
1.5 kg de açúcar 45 48 45
1 kg de feijão manteiga 35 30 32

EIS OS PREÇOS MÉDIOS DE ALGUNS PRODUTOS BÁSICOS NA BEIRA

Produto/ Quantidade Mercado informal Mercearias
1 kg de arroz 30 29
1 kg de farinha de milho 25 25
1 kg de tomate 30 35
1 kg de carapau 90 110
1 litro de óleo alimentar 45 40
1.5 kg de açúcar 45 48
1 kg de feijão manteiga 35 30

EIS OS PREÇOS MÉDIOS DE ALGUNS PRODUTOS BÁSICOS EM NAMPULA

Produto/ Quantidade Mercado Municipal Mercearias Mercado de Karrupeia
1 kg de arroz 30 30 29
1 kg de farinha de milho 25 25 22
1 kg de tomate 25 32 20
3 kg de peixe de segunda 200 210 190
1 litro de óleo alimentar 25 26 24
1.5 kg de açúcar 45 48 45
1 kg de feijão manteiga 28 30 25

 

Subida de preço: fantasma da quadra festiva?

É sempre a mesma história quando se aproxima a quadra festiva: o preço dos bens de primeira necessidade sobe, os consumidores queixam-se do agravamento, e o Governo promete apertar o cerco aos especuladores.

Nesses casos, os consumidores acusam os vendedores de especularem os preços. Os comerciantes defendem-se afirmando que a subida de preço se deve ao facto de grande parte dos produtos ser importada.

Nos últimos dias, tem havido uma subida galopante de preços. Neste momento, o saco de 10 quilos de batata é vendido a 250 meticais, contra os 180 praticados nos dois últimos meses.

Os preços oscilam diariamente como consequência do que se verifica nos locais onde os vendedores adquirem a mercadoria. Além da subida de preços de óleo vegetal, batata e cebola, também se regista o incremento de preço de amendoim, tomate, feijão manteiga e peixe de segunda.

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