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Preço do petróleo em máximo de dois anos em Nova Iorque

Na Europa, o preço do petróleo continua em alta, embora a desvalorizar ligeiramente, mas, nos Estados Unidos, o barril do crude escalou esta segunda-feira até um recorde histórico desde Setembro de 2008: 105,95 dólares. No mercado Nymex, em Nova Iorque, o barril do crude avançou já mais de 20 por cento em duas semanas, tendo subido 1,02 por cento sobre o valor de referência da sessão anterior, na sexta-feira.

Desde 26 de Setembro de 2008 que o preço do petróleo no mercado nova-iorquino não estava tão próximo dos 106,44 dólares a que chegou nesse dia. Pressionado pela violência no terceiro maior produtor petrolífero em África, a Líbia, com uma produção diária estimada em cerca de 1,6 milhões de barris, o mercado norte-americano reagiu também aos “novos problemas que surgiram durante o fim-de-semana noutros países, como o Bahrein e o Iémen”, avalia à agência AFP Matt Smith, da empresa de avaliuação do sector Summit Energy.

E, da mesma forma, o mercado bolsista em Wall Street sofreu os efeitos da subida de hoje: o índice industrial Dow Jones fechou a cair 0,66 por cento, para os 12.090,03 pontos, e o tecnológico Nasdaq terminou a perder 1,40 por cento, para os 2.745,63 pontos. Zauia, a cerca de 40 quilómetros da capital líbia, Trípoli, sofreu bombardeamentos e o porto petrolífero de Ras Lanuf, no Leste, foi alvo de raides aéreos. Mais de 200 mil barris de petróleo estão neste terminal, com uma capacidade de produção de cerca de 220 mil barris por dia. E “enquanto os confrontos continuarem entre [o regime de Muammar Khadafi] e as forças dos rebeldes, assistiremos ao crude com tendência em alta”, diz Matt Smith.

Ainda assim, Londres, o mercado de referência para a Europa – continente que recebe a maioria das exportações petrolíferas líbias –, conseguiu evitar uma nova subida do preço do Brent do Mar do Norte. O petróleo seguia, por volta das 21h15, a desvalorizar 1,124 por cento, para os 114,550 dólares por barril.

Segundo as contas da Agência Internacional de Energia (AIE), ainda relativas à semana passada, a produção petrolífera na Líbia já perdeu entre 850 mil a um milhão de barris por dia, o que significa mais de metade da produção no país e para cima de um por cento do consumo mundial, escreve a AFP.

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