Trabalho de pesquisa para descoberta de mais reservas do gás natural na área offshore, em Sofala, aumentaram o potencial do recurso em cerca de 14%, em 2012, para 16,7 triliões de pés cúbicos (TCF) deste mesmo recurso, o equivalente a 3203 milhões de barris de petróleo, segundo Nelson Ocuane, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
No mesmo período intensificou-se a actividade de pesquisa do gás nas bacias hidrográficas de Moçambique e do Rovuma, esforço “brindado” com a descoberta de cerca de 52,5 triliões de gás natural, dos quais 22,5 triliões na área 4, cujo operador é a companhia italiana ENI, e de 30 triliões de gás natural na área 1, operada pela estadunidense companhia Anadarko, segundo ainda Ocuane.
Ele sublinhou que o sucesso das pesquisas “está a tornar Moçambique como um dos principais produtores do gás natural liquefeito do mundo e a bacia do Rovuma como uma referência”.
Sublinhou ainda que as descobertas massivas deste recurso natural no Rovuma permitem a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos estender o seu portfólio de negócios através da participação activa em toda a cadeia de valor do gás natural, desde upstream à planta de liquefação de gás, marketing e transporte de gás natural liquefeito, desenvolvimento de infra-estruturas de apoio logístico às operações petrolíferas, bem como prestação de serviços e promoção da industrialização de Moçambique através do gás natural.
Projecto de Pande e Temane
Refira-se, entretanto, que igualmente em 2012 foi concluída a fase de expansão do projecto de gás natural de Pande e Temane, em Inhambane, dos iniciais 143 milhões de gigajoules/ano para 183 milhões de jigajoules/ano, acção que permitiu a alocação pelo Governo de 27 milhões de jigajoules/ano para produção de energia eléctrica através do gás natural.
A ENH participa neste projecto através da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (EMH) para produção e processamento de gás e através da Companhia Moçambicana de Gasoduto no transporte de gás.