As empresas portuárias do Norte de Moçambique e de Leixões de Portugal rubricaram, esta quinta-feira (05), em Maputo, um acordo que preconiza apoio técnico para o desenvolvimento de infra-estruturas, capacitação de técnicos moçambicanos, transferência de conhecimento, manuseamento de cargas, dentre outras actividades.
O presidente da comissão executiva do Porto do Norte, Fernando Couto, disse que a formação de técnicos em gestão de sistemas e estratégias portuárias vai minimizar o défice de recursos humanos qualificados com que o país se debate no neste ramo.
A capacitação, segundo Couto vai permitir ao sector portuário que acompanhe a dinâmica internacional, melhorar a eficiência, a objectividade e os serviços prestados. Por conseguinte, o aumento do volume de cargas manuseadas, constitui um desafio, uma vez que ainda falta flexibilizar o descarregamento, apesar de o processo ter reduzido de cinco para duas horas actualmente.
A fonte acrescenta que o acordo vai, também, permitir que haja incremento do comércio marítimo, transporte de recursos minerais cujo volume de exportação tende a acrescer bem como a implantação de novas tecnologias para melhorar a gestão, o manuseamento e a redução do tempo de descarregamento de cargas.
De acordo com Couto a capacitação vai ainda melhor a gestão de informação e ajudar a introduzir novas estruturas frigoríficas para conservação de cargas de produtos perecíveis.
Por sua vez, o PCA do Porto de Leixões, Emílio Dias, disse que o acordo visa responder às exigências da dinâmica portuária face à introdução de metodologias avançadas de gestão, de manuseamento e de transporte de carga.
Emílio Dias sublinha que graças ao plano de formação em gestão de sistemas e estratégias portuárias da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) mais de 60 técnicos moçambicanos foram formados nos últimos sete anos.
De referir que o Porto do Norte vai beneficiar de obras de reabilitação avaliadas em 400 milhões de dólares, que vão consistir no alargamento do sistema portuário e introdução de novas empilhadoras. A empreitada vai arrancar em Janeiro do próximo ano.