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Porto sustenta liderança com triunfo sobre Vitória de Setúbal

Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0).

O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional. Alguém quer explicar a substituição? Pontaria de Carlos Cardoso, que na véspera até vaticinara uma “gracinha”? Sorte de Jesualdo Ferreira, que via o placard a andar para trás? “Com a saída dos dois jogadores, o FC Porto passou a ter mais espaço e mais linhas”, respondeu Jesualdo. “Já não atacavam com a mesma intensidade”, justificou Carlos Cardoso.

Houve claramente um antes e um depois “minuto 58”. Antes, o ataque do FC Porto resumia-se a dois ensaios de Raul Meireles já na segunda parte (aos 47’ e aos 51’) e a um cabeceamento de Rolando (52’). Antes, o FC Porto tinha tido dois bons períodos de pressão, mas inconsequente. Antes, falava-se da falta que fazia uma cabeça (de Lucho) no meio-campo e músculo (de Hulk) na frente de ataque.

Antes, o Setúbal era uma equipa modesta e humilde, mas concentrada e com Auri a varrer tudo lá atrás. Antes, Leandro Lima e Bruno Gama tinham tido a ousadia de invadir a área portista (e aos 40’, o português, com o consentimento de Tomás Costa, até podia ter marcado).

Depois, a equipa da casa, dona da bola durante quase 90 minutos, fez mais um assalto à baliza de Kieszek e marcou. Depois, o estádio despertou de um estado de letargia e apoiou os seus heróis, Lisandro à cabeça. Depois, o goleador argentino voltou a aparecer na cara do guarda-redes polaco para bisar e definitivamente colocar os três pontos no bolso do FC Porto, que volta a olhar para trás e a não ver o Sporting por perto.

Benfica vence Marítimo

O primeiro tempo serviu para encher a barriga, mas quase não deu para chegar ao fim do jogo sem fome. Em três oportunidades, o Benfica não desperdiçou nenhuma e quase deixava KO o adversário. O 3-0 depressa se converteu em 3-2 e numa trama complicada para a equipa de Quique, que começou a noite tranquilo e acabou em sobressalto.

A noite foi de Cardozo, esse mal-amado, que oscila entre as vaias e as palmas dos adeptos. E percebe-se — o seu pé esquerdo é uma caixa de surpresas, capaz do genial e do seu oposto… A noite já tinha sido dele no Bonfim, com dois golos na goleada sobre o V. Setúbal (0-4). Agora, voltou a marcar mais dois. E, desta vez, foram cruciais para manter o Benfica ainda vivo. Mudaram cinco caras: saiu Moreira da baliza, Luisão (lesionado) da defesa, Katsouranis e Bynia do meio-campo e Suazo da frente, para dar lugar a dois, Nuno Gomes e Cardozo. Mas há protagonistas comuns desses dois jogos. David Luiz foi um deles. Marcou nos dois encontros.

O de ontem caiu do céu e pareceu uma bênção para as “águias”, que viram a sua chave premiada sem terem entregue o boletim do totoloto. Três golos em nove minutos Os golos que pareciam presos nos últimos dois jogos na Luz, desataram a aparecer. Em nove minutos os adeptos puderam festejar três vezes: Cardozo marcou com a cabeça e com o pé esquerdo. E parecia que a noite estava feita para os benfiquistas. Puro engano. Marcinho soltou os fantasmas dos corredores da Luz com um golo mesmo em cima do intervalo. E o penálti de Maxi Pereira deu oportunidade a Bruno que o maritimista não desperdiçou.

Já com Djalma em campo, na vez de Manu, Carlos Carvalhal colocou dois homens na frente. A meia-hora do fim, o 3-2 despertou receios antigos e Quique pôs um travão chamado Katsouranis (saiu Carlos Martins). Os adeptos que foram à Luz tinham razão. A casa “encarnada” deixou de ser um inferno para os adversários e os tempos são de crise.

Com o jogo tremido e o Marítimo lançado – João Luiz entrou para a frente e saiu o defesa Briguel – a noite parecia nunca mais acabar para o Benfica. Sem conseguir criar oportunidades de perigo, mantinha a vantagem mínima presa pelos nervos… e três trincos: Ruben Amorim, Yebda e Katsouranis. Bastou para conservar a vitória. E o apito final foi um enorme conforto: as vitórias voltaram dois meses depois.

 

Resultados da 26ª jornada:

Belenenses 1  Nacional 2

Naval 0 Rio Ave 1

Porto 2  Vitória de Setúbal 0

Benfica 3  Marítimo 2

Sporting de Lisboa 2  Estrela da Amadora 1

Sporting de Braga 1  Trofense 0

Segunda Feira: Leixões – Vitória de Guimarães

Segunda Feira: Paços de Ferreira – Acadêmica de Coimbra

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