Na sua declaração de resultados, a CNE admitiu ter um problema sério com boletins de voto ilicitamente invalidados, mas admitiu também que não podia fazer nada a respeito deles.
Mas não disse nada sobre o outro grande problema que foi o enchimento de urnas. E no entanto agiu sobre isso e obviamente essa resposta é de louvar – deitou fora resultados em alguns locais onde o enchimento de urnas era óbvio. Porque não retirar o crédito de ter feito esta coisa acertada?
Moçambique continua a ser único entre as democracias que permite que as comissões de eleições alterem resultados em segredo e sem explicações. A lei não exige secretismo, mas permite-o. Um bom ponto de partida para qualquer reforma eleitoral seria mais transparência e o fim das mudanças de resultados em segredo.