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Populares ameaçados por denunciar arbitrariedades

Alguns cidadãos que há uma semana ousaram denunciar ao governador de Nampula, Felismino Tocoli, o evidente nepotismo do governo do distrito de Mecubúri, encabeçado por Nerina Buston, informaram ao nosso jornal terem sido intimados pela Polícia da República naquele ponto da província para “explicarem” a razão porque não manifestaram os seus sentimentos ao executivo local ao invés de os apresentar directamente ao governante nampulense.

Alberto João, Felisberto Ernesto e Arcanjo Vassareque telefonaram à nossa Redacção para dizer que tinham sido chamados no Comando da PRM local, onde permaneceram cerca de três horas, para justificarem a razão das denúncias apresentadas ao governador Tocoli, que, na semana finda, esteve de visita ao distrito.

Alberto João foi o cidadão que, no comício havido no posto administrativo de Nahipa, exigiu a transferência da administradora distrital por, alegadamente, estar a empobrecer o distrito.

Enquanto Felisberto Ernesto foi ao pódio, na ocasião, para denunciar ao governador da província que o chefe da brigada da Polícia de Investigação Criminal (PIC), de nome Mita, manteve-o preso cerca de uma semana por, alegadamente, se ter recusado a destruir a sua casa, construída num terreno supostamente pertencente ao Comando da PRM.

De referir que o tal terreno alegadamente pertencente ao Comando, além de ser ocupado pelo homem da PIC, é, também, partilhado, por alguns professores que, ironicamente, não foram objecto da mesma punição.

Sobre Arcanjo Vassareque, pesa o “crime” de denúncia do facto de o Conselho Consultivo local andar a priorizar funcionários públicos na atribuição de fundos de iniciativa local.

Aos desempregados e sem acesso à banca apenas era concedida metade do valor que pediam, enquanto os funcionários usufruíam do dobro das somas solicitadas.

De referir que o governador Tocoli assegurou, na ocasião, aos populares, que ninguém seria molestado por exercer a liberdade de expressao preconizada pelo governo do dia.

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