Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Populações pedem para abater elefantes

As autoridades distritais de florestas e fauna bravia em Malema, província de Nampula, resistem aos insistentes apelos das populações locais para o abate de elefantes que tem estado a destruir culturas alimentares, alem de constituir perigo para a vida humana.

Henrique João, director dos serviços locais de actividades económicas, garantiu que enquanto não se justificar nenhum elefante será abatido, porquanto o homem é a principal razão do conflito que trava com os paquidermes, devido a evasão do seu habitat para abertura de campos agrícolas. De acordo com aquele responsável os elefantes que demandam o posto administrativo de Chuhulo, em Malema, provêem da reserva do distrito de Nipepe, na vizinha província do Niassa.

Tradicionalmente, aqueles animais usam um itinerário que atravessa as proximidades do rio Malema, na procura quotidiana de alimentos e agua para o seu consumo. “Só que as comunidades de Chuhulo, estimadas em mais de 12 mil habitantes, invadem de forma sistemática as áreas de pastagem dos elefantes, entre outros animais selvagens, criando um conflito em que o homem sempre sai prejudicado, porquanto os elefantes destruíram na época agrícola finda cerca de 29 hectares de culturas alimentares” – explicou Henrique João para acrescentar que no esforço de mitigar o conflito um elefante, já foi abatido.

Salientou que o abate de elefantes não é uma estratégia de todo valida, “porque quando se abate um elefante, os restantes membros do grupo sobreviventes ficam apavorados sobretudo quando se usa arma de fogo para o efeito, podendo causar danos avultados incluindo vitimas humanas na sua acção visando resgatar a vitima”. Um agente da Policia da Republica de Moçambique afecto ao sector de florestas e fauna bravia em Malema, beneficiou recentemente no parque nacional da Gorongoza, em Sofala, de capacitação em matérias de gestão da fauna bravia.

De acordo com o nosso informador o agente em causa trabalha igualmente com as comunidades no sentido de prevenir o conflito com a fauna bravia, disseminando técnicas de afugentamento dos paquidermes com recurso a métodos tradicionais, mas os resultados não tem correspondido as expectativas.

Henrique João, referiu que a preocupação de momento do seu sector reside na relutância que as comunidades de Chuhulo mostram para abandonar algumas praticas que as tornam vulneráveis aos ataques dos crocodilos, que nos últimos três anos mataram Seis pessoas no rio Malema local de eleição para higiene pessoal, lavagem de roupa e alguns alimentos antes e depois do seu processamento por métodos tradicionais, alem da agricultura nas suas margens.

O rio Malema que atravessa uma grande extensão do território do distrito com o mesmo nome, tem um caudal permanente, o que cria condições para o seu povoamento por animais bravios, em particular os crocodilos e elefantes.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!