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População do distrito de Namacurra quer banco e bombas de combustível

A população do distrito de Namacurra, na província da Zambézia, pede a instalação de uma agência bancária e a montagem de um posto de reabastecimento de combustível.

Este pedido não é novo e arrasta-se de ano para ano. Agora que só se fala de Macuse, o pedido ganha mais aso e a população continua a clamar por estas e outras infra-estruturas.

A população do distrito de Namacurra, situada ao longo da estrada nacional numero 6, aproximadamente 75km da capital provincial, Quelimane, diz que não sabe onde guardar o seu dinheiro, porque ir ao distrito de Nicoadala, que dista pouco menos de 40km por vezes é arriscado, sobretudo quando se tem valores monetários nas mãos.

Ao nível local não há segurança para guardar o pouco dinheiro que se consegue, dai que a abertura de uma agência bancária seria oportuna.

Bombas de combustível, outra necessidade

Para além da colocação de uma agência bancária, a população do distrito de Namacurra diz também que não entende como é que um distrito que se encontra no corredor para quem vai ao norte do país não possui uma bomba de combustível.

Naquele distrito, as viaturas e motorizadas usam combustível que é vendido no informal. Os comerciantes deslocam-se ou a Mocuba ou a Nicoadala e Quelimane para comprarem o combustível para revender.

Como não têm alternativas, os consumidores, sobretudo os que têm meios circulantes, acabam por comprar este combustível que por vezes não é seguro.

Mas arriscam, usando a lógica do velho provérbio “quem não tem cão, caça com gato”. Namacurra não é um distrito recôndito para não possuir estas infra-estruturas.

Problema de energia

Para além destes problemas tidos como macroeconómicos, o distrito de Namacurra também carece de melhores serviços de fornecimento de energia eléctrica.

Os populares afirmaram que para ter energia em Namacurra precisam de ficar mais de três meses, mesmo depois de efectuar os pagamentos exigidos. Isso porque, conforme explicaram, o efectivo dos funcionários da empresa Electricidade de Moçambique é reduzido.

O problema, na óptica deles, não se centra apenas nas ligações, mas também há o grave problema da subfacturação. Os consumidores dizem que usando como não a energia, a taxa continua a mesma e são poucas vezes que se fazem leituras.

Governo reitera que há contactos

O governo do distrito de Namacurra no seu informe apresentado por ocasião da visita que o governador da Zambézia efectua àquele distrito diz que nestes últimos anos, o governo local tem encetado muitos contactos com várias instituições bancárias e operadores na área de fornecimentos de combustíveis para que se instale em Namacurra.

As respostas tardam chegar mas, mesmo assim, no seio do executivo de Pedro Sapange, administrador distrital, ninguém cruza os braços.

Recorde-se que é no distrito de Namacurra onde existe o Porto de Macuse, que o governo projecta reabilitar nos próximos anos, dai que nestes últimos dias, todas as atenções andam viradas para Macuse.

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