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Polícias acusados da morte de moçambicano declararam-se inocentes

Nove agentes da polícia Sul-africana foram formalmente acusados esta sexta-feira (8) do assassinato do cidadão moçambicano Emidio Macia. No decurso da audiência do pedido de liberdade sob fiança, os polícias Matume Walter Ramatlou, Meshack Malele, Thamsanqa Ncema, Percy Mnisi, Bongumusa Mdluli, Sipho Ngobeni, Lungisa Ewababa, Bongani Kolisi e Linda Sololo declararam-se inocentes perante o tribunal.

Durante a sessão, os polícias disseram que Mido Macia foi arrastado pela viatura policial por acidente. O condutor do veículo disse não saber que o taxista estava algemado à parte de trás da carrinha e que só arrancou porque alguém da multidão lhe atirou com um objeto.

Lungisa Ewababa disse que só quando voltou a parar reparou numa pessoa «pendurada» na carrinha, tendo Macia depois sido carregado para dentro do veículo. Adiantou que o taxista entrou na esquadra «pelo próprio pé».

Thamsanga Ncema, o primeiro polícia a confrontar o taxista, disse que este o insultou quando foi abordado para retirar o táxi do local e que o moçambicano agrediu o subtenente Meshack «com o punho».

Contudo, nenhum dos agentes explicou como é que Mido Macia acabou amarrado à parte de trás do veículo da polícia. Os policias disseram que ficaram abalados quando souberam do falecimento do moçambicano.

Entretanto a autópsia revelou que Emidio morreu de hipóxia, estado em que o organismo fica com de baixo teor de oxigénio, e o corpo do jovem apresentava muitas lacerações, ferimentos profundos nos braços e também muitos hematomas.

A audiência para o pedido de fiança dos nove agentes, com idades entre os 25 e os 57 anos, foi adiada para segunda-feira.

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