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Polícia russa detém activistas que defendiam integrantes da Pussy Riot

A polícia russa deteve activistas que protestavam, esta Sexta-feira (8), contra a prisão da banda de punk Pussy Riot, numa manifestação programada para acontecer no Dia Internacional da Mulher.

O grupo de arte de rua Voina disse no seu blog que cerca de 10 pessoas foram levadas pela polícia de choque numa pequena demonstração de apoio a Maria Alyokhina, 24, e Tolokonnikova Nadezhda, 23, as integrantes da banda presas.

A polícia de Moscovo disse à Reuters que houve detenções, mas recusou-se a dizer quantas pessoas. Um cinegrafista da Reuters viu quatro pessoas serem levadas para carros da polícia. O protesto foi concebido como uma demonstração de uma pessoa, para a qual não é necessária autorização.

Os activistas revezaram-se à frente da Penitenciária Federal com cartazes a exigirem liberdade para Alyokhina e Tolokonnikova. Todas as integrantes da banda, incluindo a já liberada Yekaterina Samutsevich, 30, pertenciam ao Voina. A imprensa russa relatou que as prisões foram feitas quando outras pessoas começaram a segurar cartazes.

O Voina disse que depois das detenções a polícia permitiu que a demonstração de uma pessoa continuasse. Alyokhina e Tolokonnikova estão a cumprir dois anos de prisão depois de serem condenadas em Agosto de vandalismo motivado por ódio religioso, ao cantarem uma “oração” anti-Kremlin no início do ano passado na principal catedral ortodoxa russa de Moscovo.

Samutsevich foi libertada em Outubro, depois de o seu advogado argumentar que ela não tinha participado da performance, porque foi detida pelos guardas antes que pudesse começar a tocar o seu violão. Alyokhina teve um pedido de libertação antecipada recusado e Tolokonnikova acaba de solicitar, informou a imprensa russa.

Quando perguntado, Quinta-feira, se as duas deveriam sair em liberdade condicional, o presidente Vladimir Putin recusou-se a comentar. “Não cabe a mim, mas sim aos procedimentos e à legislação aplicável”, disse Putin, segundo a mídia russa. Ele afirmou que não se lembrava de comentar sobre o caso Pussy Riot antes.

“Talvez eu tenha comentado, mas hoje não quero”, acrescentou. Em Outubro, Putin chamou a sentença contra a banda de justa. “Elas queriam isso, elas conseguiram”, disse ele ao canal de televisão NTV, numa entrevista na época.

Sexta-feira, outra demonstração de uma pessoa foi organizada por mães, esposas, irmãs e amigas de membros da oposição presos depois dos protestos na véspera da posse de Putin em Maio.

Nenhuma detenção foi relatada.

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