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Polícia tinha pistas do paradeiro de “Anibalzinho” há um mês

As autoridades policiais de Moçambique revelaram esta quarta-feira, em Maputo, a imprensa que há cerca de um mês apareceram, na vizinha África do Sul, os primeiros sinais de localização de Aníbal dos Santos Júnior, vulgarmente conhecido por “Anibalzinho”, cadastrado que, a 7 de Dezembro de 2008, se evadiu das celas do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Segundo o porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, depois destes sinais, uma equipa de oficiais da Polícia moçambicana foi “despachada” a África do Sul para, passo a passo, em colaboração com a sua congénere sul-africana, fazer a identificação precisa do seu paradeiro. “Há cerca de um mês, no culminar de um trabalho da Interpol, apareceram os primeiros sinais da localização de Anibalzinho, na cidade de Joanesburgo, o que levou a uma maior aproximação do fugitivo por parte das Polícias da Africa do Sul e de Moçambique”, detalhou.

Assim, por volta das 19 horas do dia 21 do corrente mês, num dos bairros da cidade sul-africana de Joanesburgo, uma força policial deteve Anibalzinho e posteriormente conduziu o criminoso para a cidade de Pretória, segundo avançou Cossa. A fonte recusou-se a explicar como é que a polícia chegou até ao paradeiro do foragido e ainda excusou-se a revelar de quem era a casa onde o mesmo se encontrava “hospedado”, por sinal desde que se evadiu das celas do comando da PRM da Cidade de Maputo.

“Ele estava numa residência em Joanesburgo, mas não posso revelar quem é o proprietário”, frisou Entretanto, Cossa avançou, durante a conferência de imprensa, que Anibalzinho usava documentos falsos, fazendo-se passar por “Maurício André Mhula”. “Na sua posse, como documentos pessoais, foram apreendidos um Passaporte moçambicano com o número T 020459, em nome de Maurício Alexandre Mhula, que pelas suas características indiciam falsificação de documentos, uma vez que ostenta a sua fotografia, mas com nome diferente do seu…” revelou.

Questionado sobre a data de entrada de Anibalzinho para a África do Sul, Cossa sublinhou que “não foi pela fronteira de Ressano Garcia, mas por outras vias. O movimento que há no passaporte não tem nada a ver com ele. Pelo sinal todos os movimentos foram feitos no ano 2000 provavelmente pelo próprio dono do passaporte”. Todas as informações avançadas pelo porta-voz do Comando Geral da PRM mostram que as autoridades moçambicanas tinham conhecimento da recaptura de Anibalzinho desde o primeiro momento, embora tenham optado por manter em segredo.

“As autoridades não confirmaram por razões de segurança. Como deve imaginar, a transferência de Aníbal da África do Sul para aqui carecia de todas as medidas de segurança possível, daí que não podíamos antecipar a chegada dele”, explicou. De sublinhar que Anibalzinho “veio escoltado da África do Sul numa viatura civil e foi entregue as autoridades moçambicanas na terra de ninguém (entre a fronteira dos dois países)”.

Para as autoridades policiais, a recaptura de Anibalzinho vai permitir desvendar o mistério a volta da sua evasão, juntamente com outros cadastrados perigosos, um dos quais já falecido.

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