O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) garante que Aníbal dos Santos Júnior (“Anibalzinho”), recapturado no dia 21 deste mês na vizinha África do Sul, está seguro nas celas do Comando da Cidade de Maputo.
Esta posição foi defendida esta quarta-feira, em Maputo, pelo Porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, numa conferência de imprensa convocada para explicar as circunstâncias da recaptura de Anibalzinho. Segundo Cossa, no Comando foram criadas todas as condições para que Anibalzinho não volte a fugir das celas como aconteceu há 7 de Dezembro de 2008.
“A possibilidade de uma nova fuga está fora de hipótese. Foram redobradas as medidas de segurança desde lá (7 de Dezembro) até cá. Tudo está a ser feito para que não volte a acontecer. Foram adicionadas medidas de segurança, que não posso revelar”, referiu. Anibalzinho, que entrou ao país vindo da África do Sul por volta das 17 horas foi reconduzido ao Comando da PRM da Cidade de Maputo, onde vai permanecer até que o Governo, através dos Ministros da Justiça e do Interior, decida onde ele será encarcerado.
No Comando da Cidade, Anibalzinho foi juntar-se ao seu parceiro de evasão, Samuel Januário Nhare (Samito), recapturado em Janeiro último, no distrito de Caia, na província central de Sofala. De referir que, em ocasiões diferentes, Anibalzinho e Samito revelaram a imprensa que não fugiram das celas do Comando e que foram soltos por ordens do antigo Comandante Geral da PRM, Custódio Pinto. Entretanto, a Polícia diz que “a confissão não acompanhada de prova não vale para o Juiz…Há instrução que está a correr…” portanto “o que ele (Anibalzinho) disse é uma falácia”.
Antes da sua evasão das celas do Comando da PRM, Anibalzinho escapou por duas vezes da cadeia de máxima segurança (B.O), localizada na Machava, província de Maputo. Aliás, é para a BO onde Anibalzinho poderá ser reconduzido, caso se concretizem as declarações feitas, a Imprensa, pela Ministra da Justiça, Benvida Levy, na última segunda-feira.
“Nós já tínhamos referido noutra ocasião que a BO é para onde vão os criminosos perigosos. Quando o Anibalzinho for recapturado é para lá que ele vai”, declarou a Ministra. Anibalzinho cumpria uma pena de cerca de 30 anos de prisão maior pelo seu envolvimento na morte brutal do proeminente jornalista investigativo moçambicano, Carlos Cardoso, em Novembro de 2000.