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Polícia sem BI detido em Quelimane

Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), afectos ao Comando Provincial da Zambézia, detiveram um agente da polícia por andar sem BI, na tarde da última Terça-feira, ao longo da Avenida 7 de Setembro, na cidade de Quelimane.

Na tarde daquele dia, como lhes é característico, os dois agentes da PRM posicionaram-se para cumprir a sua tarefa. Como é sabido, a polícia sempre interpela aqueles que desconfia. Passaram algumas pessoas, uns eram chamados, outros não. Assim foi se indo.

Incrível que pareça, depois de muitos serem interpalados, uns com Bilhete de Identidade outros não, os dois agentes da PRM, desconfiaram num cidadão e dai mandam-lhe parar. “Chefe, chefe…” O cidadão parou e dai ouviu o seguinte: “aproxime-se para aqui”.

A resposta não tardou por parte do interpelado. “Eu…?” Sim, o senhor mesmo – foi assim a resposta dos dois agentes policiais.

Quando o interpelado aproximou-se e logo pediram-lhe que apresentasse o BI. Calmo, o cidadão interpelado, começou com as suas justificações. “Eu também sou polícia e estou afecto a uma das esquadras desta cidade”- disse o interpelado.

A justificação apresentada pelo interpelado não “colou” perante os dois agentes da PRM, neste caso, colegas. Mantiveram-no naquele local e depois disseram-lhe “acompanhe-nos à esquadra”.

O interpelado pensou que fosse uma coisa passageira ou uma simples brincadeira. Começaram os passos em direcção a avenida Eduardo Mondlane, para quem conhece Quelimane, os dois agentes em serviço, com o seu interpelado, seguiram em direcção a Padaria Nacional.

Uma conversa entre os três, em que o interpelado ia dizendo aos agentes em serviço que ele é agente também, só que não trazia identifiacação. “Peço para ligarem para o fulano X ou Y afim de confirmarem que eu também sou polícia” – implorava o interpelado.

Os dois fardados de “cinzento” nem sequer davam ouvidos. Caminhavam devagar no sentido de deixar o homem sem BI na 1ª Esquadra.

Mas antes de chegarem a esquadra, o homem foi solto e com aviso de não andar sem BI porque ele também é cidadão.

Afinal doi?

O caso, como o descrito nas linhas anteriores, não é comum nesta cidade. Polícia pegar polícia não é normal. Mas desta vez aconteceu. Isso porque, com a chegada dos novos agentes, sobretudo jovens, então, ninguém conhece ninguém.

São muito polícias, diga-se em abono da verdade. Pelos vistos e pelas misericórdias que o fulano ia pedindo, foi possível ver que doi e, ai lembra-se o velho provérbio “pico tira-se com pico”.

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