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Polícia francesa desmonta suposta rede clandestina de carne de cavalo

A polícia da França prendeu 21 pessoas, esta segunda-feira (16), numa operação contra a venda ilegal de carne de cavalo no sul do país, sob a suspeita de que os cavalos utilizados para o desenvolvimento de remédios tenham sido vendidos de forma fraudulenta para alimentação, disseram as autoridades.

Um porta-voz da companhia farmacêutica Sanofi disse usar cavalos para incubar antibióticos na fabricação de soros destinados a várias finalidades, desde raiva a mordidas de cobra, e que os animais estavam saudáveis mas não estavam certificados como próprios para o consumo humano.

Alain Bernal, porta-voz da divisão de vacinas da Sanofi, disse que a empresa coopera com as investigações, mas ainda não sabia há quanto tempo a fraude estava em andamento.

“Isso pode envolver centenas de cavalos caso ocorra há muitos anos. Nos últimos três anos, dispensamos cerca de 200 cavalos”, disse ele à Reuters.  As estações de rádio disseram que os cavalos eram vendidos a comerciantes suspeitos de falsificar documentos veterinários para que os animais pudessem servir como alimento.

Entre os detidos estão os produtores de carne, os comerciantes e os veterinários. Um comunicado das forças do governo disse que 100 policiais, junto com inspectores da brigada veterinária nacional, realizaram incursões em 11 distritos.

O ministro de Defesa do Consumidor, Benoit Hamon, disse que a operação surgiu a partir de um aumento no monitoramento do sector depois de uma empresa francesa de processamento de carne ter estado envolvida este ano num escândalo sobre refeições congeladas com carne de cavalo vendidas como carne bovina.

O escândalo, iniciado em Janeiro quando o DNA de cavalo foi encontrado em hambúrgueres congelados vendidos nos supermercados irlandeses e britânicos, envolveu comerciantes e matadouros da Roménia à Holanda. A carne de cavalo tem perdido espaço no paladar dos consumidores franceses, embora ainda possa ser encontrada em açougues especializados.

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