Nelson Simão Quissual, guarda estagiário afecto à 4ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Nampula, está a ser alvo de constantes denúncias populares, por, alegadamente, se envolver em sistemáticos desacatos que se caracterizam por ameaças e insultos a vendedeiras de produtos alimentares e de cabanga ( bebida de fabrico caseiro), sempre que este estiver de serviço.
As vítimas, cujos nomes omitimos a seu pedido, disseram que Nelson Quissual, natural da província da Zambézia e, apenas, com um ano de serviço, tem-se dirigido, na companhia de Constantino Diníz Luís Benesse, quarda da polícia, afecto na mesma unidade, aos locais de venda de bebidas e de alimentos confeccionados, exigindo às respectivas negociantes o fornecimento gratuito de alguns dos produtos, atitude que as nossas fontes consideram vergonhosa e degradante para a própria imagem da corporação.
As nossas fontes disseram que o mercado de Kotocuane, que dista a menos de um quilómetro da citada Esquadra, tem sido o principal alvo daquela dupla, muitas vezes ante o olhar impávido dos seus responsáveis hierárquicos. Relativamente a Nelson Quissual pesam, ainda, acusações de extorção a cidadãos dos Grandes Lagos, sob ameaças de cadeia, para além de assédio sexual de meninas. Uma das quais, Sitamili Carlos Ribeiro, aluna da 6ª classe na Escola Primária dos Beleneses, afirma ter seduzido, por diversas vezes, pelo indivíduo em causa.
Facto, aliás, confirmado pelo próprio pai da menina (por sinal, seu conterrâneo), que diz ter advertido o visado das consequências que poderiam resultar do seu deplorável comportamento. O mesmo agente é, igualmente, referido ter tentado, por volta das 12 horas de última segunda-feira, e na companhia de outros dois colegas, apoderar-se, sem sucesso, de um telemóvel e parte de dinheiro de um irmão mais novo de Djiba Souare, de nacionalidade da Guine- Conacri, proprietário de um edifício de dois pisos, sito no prologamento da Avenida Eduardo Mondlane, com licença de construção nº 8155 e processo nº 14784/DCU/2009.
Testemunhas afirmaram que o trio, supostamente, liderado pelo citado polícia, introduziu-se na obra, sob alegação de que pretendia obter a identidade individual dos trabalhadores do empreendimento.