O Primeiro- Ministro (PM) moçambicano, Aires Ali, empossou na segunda-feira, em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa pública Imprensa Nacional. Trata-se de Armindo dos Santos Matos, quadro do Ministério da Administração Estatal, que durante os últimos cinco anos desempenhou as funções de vereador das finanças no Conselho Municipal de Maputo.
Matos foi nomeado à luz da decisão 6/2010 de 20 de Abril de 2010, saída do Conselho de Ministros. Na ocasião, o PM disse que o Governo quer serviços públicos gráficos mais incisivos, dinâmicos e abrangentes no país para garantir uma prestação de serviços de melhor qualidade. Aires Ali sublinhou que a modernização da indústria gráfica é uma componente da estratégia de desenvolvimento do país.
Para tal, o PM recomendou o Conselho de Administração da Imprensa Nacional para que saiba aproveitar os recursos humanos e a capacidade existente na instituição para introduzir as mudanças e inovações que se exigem no mercado. “Queremos encorajar para que continue com as realizações e feitos até aqui alcançados por esta gráfica, muitas vezes em ambientes adversos decorrentes da competitividade de outras gráficas modernas, ao mesmo tempo que deverá enveredar pela inovação e por uma política de serviço público gráfico mais incisivo, dinâmico e abrangente”, disse.
Aires Ali acrescentou que “desejamos ao senhor PCA ora empossado muito trabalho, imaginação e protagonismo no sentido de rapidamente a Imprensa Nacional poder atingir níveis de modernização e rentabilidade”. Reconheceu que a Imprensa Nacional enfrenta muitas dificuldades, facto que levou o Governo a aprovar o novo regime jurídico em 2009, passando a ter estatuto de empresa pública, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, entre outras atribuições.
“Com este modelo, o Governo pretende que a gestão seja profissionalizada, assegurando-se, deste modo, elevados níveis de eficiência, eficácia, rentabilidade e sustentabilidade”, frisou. Por sua vez, o recém empossado disse a jornalistas que os desafios que tem ao assumir a direcção da Imprensa Nacional são montar a estrutura com a montagem do Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Por outro lado, será verificar os principais problemas e traçar um plano estratégico com vista a sua minimização e até mesmo solução.
“Um dos grandes trabalhos que certamente teremos é sermos competitivos e concorrermos em pé de igualdade com outras gráficas no sentido de obtermos os concursos e trabalhos gráficos que possam tornar a imprensa nacional competitiva e um dos parceiros estratégico que teremos é o Estado”, frisou. Por sua vez, Lourenço Mavie, director cessante da Imprensa Nacional, considera que a empresa tem um longo caminho a percorrer. “Esta nomeação do PCA e consequentemente do Conselho de Administração vai significar maior avanço em termos organizacionais de funcionamento para efectivamente levar a cabo a sua função que é a edição do Boletim da Republica (BR)”, referiu.
A Imprensa Nacional foi criada em 1854 com a missão de garantir a satisfação gráfica do Estado e dos serviços públicos do país, tendo como sua principal atribuição a edição e publicação do BR.