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Piñera anuncia fim da esquerda no poder no Chile

O empresário Sebastián Piñera, favorito para vencer as eleições presidenciais do próximo domingo, no Chile, encerrou sua campanha na tarde de quinta-feira afirmado que vai acabar com 20 anos da esquerda no poder.

“O tempo da ‘Concertación’ acabou e nenhum ‘mea culpa’, muito menos de última hora, vai enganar os chilenos, que sabem muito bem disto”, disse Piñera em um comício no centro de Santiago. O candidato de direita se referia à frase de seu adversário governista, Eduardo Frei, que disse que “se há descontentamento, as vezes até raiva, sei que ainda resta muita coisa a fazer e quero que saibam que escutei sua mensagem com humildade”.

Piñera lembrou que durante toda a campanha foi vítima de ataques sujos por parte de seus adversários, mas evitou responder. “Às campanhas sujas temos respondido sempre com a verdade (…) ou com um simples sorriso”. Acompanhado por sua família, Piñera comandou um comício que reuniu mais de 10 mil pessoas, ao som de rancheiras e da chamada música tropical. Eduardo Frei encerrou sua campanha, também na noite de quinta-feira, garantindo que prosseguirá focado nos programas sociais que marcaram a administração de Michelle Bachelet. “O Chile precisa de mais mudanças (…)

Vamos seguir ampliando os direitos sociais (…) Esta será também a marca do nosso governo, que as políticas sociais estejam ao alcance de todos”, disse Frei para cerca de 6 mil pessoas reunidas na cidade de Concepción (500 km ao sul de Santiago). Eduardo Frei subiu ao palanque acompanhado de Angela Jeria, mãe da presidente Michelle Bachelet, e do ex-presidente Ricardo Lagos.

As pesquisas apontam para uma fácil vitória de Piñera no primeiro turno, com 44,1% dos votos, contra 31% para Frei e 17% para Enríquez Ominami, que encerrou sua campanha na cidade de La Calera (125 km a noroeste de Santiago).

Ominami, que reuniu 4 mil pessoas, se apresentou como o melhor candidato para derrotar a direita, liderada por Piñeda, e pediu o apoio dos eleitores de Eduardo Frei. “Vençam o medo e votem em mim”, disse o jovem deputado, de 36 anos. “Não votar é deixar as coisas como estão. Votar nos mesmos é passar por tudo novamente. Se vocês querem mudança, essa mudança está aqui…”. O segundo turno será no dia 17 de Janeiro.

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