A Polícia de Investigação Criminal (PIC) emitiu nos meados do presente mês de Fevereiro dois mandados de captura contra o empresário Mohamed Bakhir Ayoob, ora foragido.
O primeiro dos mandados está relacionado com um processo em que o empresário é indiciado de cárcere privado e extorsão (onda de raptos) e o segundo tem a ver com um homicídio qualificado na pessoa do proprietário da Expresso Câmbios, Ahmad Jassat.
Ahmad Jassat foi alvejado com sete tiros e viria a morrer numa unidade hospitalar na vizinha República da África do Sul, depois de transferido de uma clínica onde permaneceu alguns dias na capital moçambicana, Maputo.
A PIC revelou que os dois mandados ainda não foram executados porque Bakhir que e também apontado como sendo um dos supostos mandantes dos sequestros que se registam nas cidades de Maputo e Matola, anda foragido do país.
Bahir chegou a ser detido no dia 21 de Setembro de 2012 mas, devido a insuficiência de provas na altura, acabou sendo restituído a liberdade, estando actualmente a ser procurado por se julgar que foram reunidos elementos suficientemente esclarecedores da sua participação nos sequestros.
A soltura de Bakhir foi ordenada pela juíza de instrução criminal do Tribunal Judicial da Província de Maputo, Helena Mateus Kida, por considerar que o mandado que a polícia usou para a sua detenção era apenas de buscas e não de prisão.
Reagindo a soltura, o porta-voz do Comando Geral da Policia, Pedro Cossa, disse, nessa altura, que “respeitamos a avaliação feita pelo tribunal”, reafirmando que “a detenção de Bakhir foi resultado de muitos meses de seguimento e não um lapso”.
Este e o primeiro caso em que um presumível mandante é chamado a apresentar- se às autoridades policiais, desde que a vaga de sequestros eclodiu. Mohamed Bakhir Ayoob é proprietário de lojas na cidade de Maputo, dentre as quais se aponta a “Bakhir Cel Shop”, “Bakhir Game Shop” e “Bakhir Auto Style”.
