A pesca comercial de camarão em Moçambique deverá aumentar apenas 1% em 2014, atingindo uma produção de cerca de 2.580 mil toneladas até finais deste ano, segundo projecções do Ministério das Pescas.
Em 2013, a produção do sector foi de pouco mais de 2.550 mil toneladas de camarão, indica aquela instituição estatal, assegurando que, em 2014, a sua produção não vai aumentar de forma significativa devido à escassez do produto ao longo do Canal de Moçambique, uma tendência que se regista nos últimos tempos.
Madagáscar, Quénia e Tanzânia são os outros países africanos banhados pelo Oceano Índico que também estão a ressentir-se do mesmo problema, realça fonte documental do Ministério das Pescas.
Aliado àquele fenómeno, está também a chamada doença da mancha branca no camarão capturado em aquacultura, situação que provocou a redução do volume de exportações do produto desde 2012, principalmente, realça a instituição.
Para inverter o cenário, aquela instituição governamental está a implementar, desde 2013, o sistema de Esforço Total Admissível (TAE) visando aumentar a capacidade de controlo de embarcações envolvidas na pesca industrial e semi- -industrial do camarão, produto tradicional nas exportações moçambicanas.
Refira-se que a produção pesqueira do país deverá registar um crescimento de 3% até finais do presente ano de 2014, o correspondente a cerca de 220 mil toneladas de pescado diverso. O maior volume projectado será atingido pela pesca artesanal, com cerca de 190 mil toneladas, contra 27 mil toneladas provenientes do sector comercial e 1,8 mil toneladas da área da aquacultura.
O volume de produção previsto para aquacultura representa um crescimento de 40,3%, em relação a 2013, e a sua subida ficará a dever- -se ao programa de construção e reabilitação de perto de 273 tanques de piscicultura e 112 outros para alevinos. A produção de camarão em aquacultura é exportada para os mercados da União Europeia (UE) e outros países da África Austral.
