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Moçambique com prejuízo de USD 127,3 milhões do PIB/ano

A falta de um sistema de saneamento do meio melhorado em Moçambique está a provocar um prejuízo de cerca de USD 127,3 milhões, correspondente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A informação foi divulgada esta quarta-feira pelo Governo que salienta que o deficiente saneamento do meio é igualmente responsável por 90% das cerca de 15 mil crianças que morrem por ano no país devido a doenças diarreicas. O fenómeno é tido como mais preocupante nas zonas rurais pelo facto das medidas de saneamento serem “quase inexistente no campo”.

O documento elaborado pelos Ministérios das Obras Públicas e Habitação, de Saúde e de Administração Estatal indica ainda que a maioria das famílias moçambicanas despende acima de 660 milhões de meticais/ano em busca de melhores condições de saneamento, consultas médicas, medicamentos e internamento hospitalar por causa de diarreias. Esta situação, reconhecem aqueles departamentos governamentais, “reduz a qualidade de vida dos moçambicanos”.

Estima-se que a actual taxa de cobertura de saneamento do meio no país abrange cerca de 60% da população, sendo 15% das zonas rurais, enquanto as regiões urbanas têm maiores níveis de cuidados, segundo Susana Saranga, directora nacional de Águas do Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH).

ODMs Entretanto, no que respeita ao cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento de Milénio (ODMs), que fixam em 70% a taxa mínima de cobertura até 2015, Saranga disse que “Moçambique está no caminho certo”, porque está a 10% de alcançar aquela meta estabelecida até próximo ano.

“A taxa actual de cobertura está nos 60% e acreditamos que até 2015 podemos alcançar e/ou ultrapassar a meta dos ODMs”, realçou a responsável. Susana Saranga falava esta quarta-feira, em Maputo, à margem de uma conferência de imprensa alusiva ao lançamento da reunião nacional sobre saneamento, marcada para ter lugar no próximo mês de Maio de 2014, na capital moçambicana.

O evento deverá contar com cerca de 200 participantes, entre os quais representantes do Governo, sector empresarial e parceiros externos de cooperação internacional que apoiam o sector de água no país.

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