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Perdeu a vida mais um soldado das FADM, vítima do assalto ao paiol de Savane

Subiu para sete o número de soldados mortos no ataque perpetrado por homens armados, ainda desconhecidos, a um paiol das Forças Armadas de Moçambique (FADM) em Savane, distrito de Dondo, na província central de Sofala.

Entretanto, enquanto o Ministro do Interior, Alberto Mondlane, afirma que não tem dúvidas de que foram homens da Renamo que assaltaram o paiol em Savane o comandante provincial da polícia em Sofala, Joaquim Nido afirmou que não não foi possível identificar os assaltantes.

“Em nenhum momento nós conseguimos identificar se são indivíduos que pertencem a uma formação política como a Renamo (…) é mais um caso de perturbação a ordem pública” afirmou Joaquim Nido nesta terça-feira (18), fazendo um balanço do assalto em conferência de imprensa

De acordo com o Ministro do Interior, a polícia e soldados das FADM estão já no terreno no encalço dos alegados assaltantes.

Aumenta número de mortos

Um soldado das FADM, que era dado como desaparecido e que no final desta segunda-feira foi encontrado numa mata próxima ao paiol, acabou por não resistir aos ferimentos contraídos no assalto ao paiol de Savane. Este soldado foi a sétima vítima mortal deste assalto.

Segundo o nosso jornalista que se deslocou ao posto administrativo de Savane, nesta terça-feira, mais de uma centena de homens trajados a civil e armados com catanas, e algumas armas, penetraram no paiol que não tem muros e é apenas vedado por arame farpado, cerca das 3 horas da madrugada desta segunda-feira (17).

Os assaltantes inicialmente dispararam para o ar e procuraram intimidar aos militares que ali se encontravam, cerca de uma centena de soldados, também com as catanas que traziam. Apanhados desprevenidos, vários a dormir, os soldados das FADM não conseguiram esboçar grande reacção mas alguns conseguiram ripostar. Na troca de tiros foram baleados alguns soldados e outros fugiram em debandada para a mata que existe nas proximidades.

De acordo com alguns soldados, que falaram sob anonimato com o nosso jornalista, os homens armados entraram para o local do paiol onde o armamento e as munições são guardados onde se apoderaram de metralhadoras, do tipo AK-47, morteiros, bazucas, granadas e munições em quantidades não especificadas.

Três soldados foram mortos a catanada no local. Outros dois morreram na sequência da troca de tiros. Um outro soldado, que chegou gravemente ferido ao Hospital Central da Beira, acabou por não resistir e perdeu a vida.

Presidente Guebuza condena ataque e apela ao diálogo

Nesta terça-feira (18) o Presidente da República, Armando Guebuza, condenou de forma veemente, as acções violentas que vêm sendo perpetradas por algumas pessoas no país e que resultam em derramamento de sangue, apelando a todos os moçambicanos a pautarem pelo diálogo para ultrapassar as suas diferenças.

“Nós não queremos sangue, porque os moçambicanos não se alimentam de sangue. Nós não gostamos de sangue, por isso, não aceitamos que haja pessoas que gostem de sangue dos seus irmãos. Essas pessoas, quando vem outros irmãos a perderem o seu sangue vivem com esta satisfação”, disse Guebuza, citado pela Agência de Informação de Moçambique.

“Se há diferenças, temos de continuar a dialogar como sociedade, em que cada um apresente o seu ponto de vista e, assim, continuarmos a construir este nosso país, sem derramamento de sangue”, apelou ainda o estadista moçambicano.

 

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