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Pelo menos 1 pessoa morre em protestos na Guiné Conacri

Pelo menos uma pessoa morreu e seis outras ficaram feridas em Conacri, capital da Guiné, esta terça-feira (18), quando os protestos contra os frequentes cortes de energia tornaram-se violentos e o escritório da empreiteira brasileira OAS foi atacado, disseram testemunhas.

Os protestos são causados pela crescente frustração dos guineenses com a falta de desenvolvimento no seu país na costa oeste da África, que apesar da riqueza mineral continua imerso em pobreza depois de décadas de desordem política. As eleições legislativas no final do ano passado completaram a transição de volta a um governo civil depois do golpe militar de 2008.

O presidente Alpha Conde sofre grande pressão para realizar mudanças concretas antes da próxima eleição presidencial em 2005. A população está carente dos serviços sociais mais básicos e a infraestrutura do país precisa de melhorias urgentes. As forças de segurança nos arredores do bairro de Lansanayah lançaram gás lacrimogénio e bateram os manifestantes com cacetetes, de acordo com o relato de moradores, alguns dos quais afirmaram ter escutado o disparo de tiros.

“Um jovem morreu depois de ser atingido por um veículo (pertencente as força de segurança). Eu vi o corpo”, disse o morador Aissatou Diallo à Reuters. Algumas pessoas no meio da multidão atacaram o escritório local da empreiteira brasileira OAS, que está envolvida em uma série de projetos de obras públicas. Não ficou claro por que a companhia foi escolhida como alvo.

Ninguém estava disponível para comentar na OAS em Conacri, mas um diplomata estrangeiro, que pediu para não ser identificado, disse que um dos empregados locais da empresa ficou ferido. O porta-voz do governo Damantang Albert Camara confirmou a morte de um manifestante, mas não soube dizer se um veículo das forças de segurança estaria envolvido.

Os cortes de energia em vários bairros de Conacri nas últimas semanas têm revoltado os moradores. O plano do governo para melhorar a produção de electricidade tem sido prejudicado pelos problemas em conectar uma planta geradora de 100 megawatts de capacidade instalada em Tombo à rede de energia da Guiné.

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