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“Pedra da Namaacha” interessa a portugueses

Empresários portugueses poderão investir na extracção e transformação de placas riolíticas de Namaacha, na província de Maputo, produto que poderá ser comercializado no mercado moçambicano e externo. Conhecidos pela designação de “Pedra de Namaacha”, já conquistaram a fama pela sua qualidade para aplicação na indústria de construção civil, entre outras.

Para o efeito, uma equipa de empresários portugueses esteve recentemente no distrito de Namaacha, na província de Maputo, para analisar o potencial existente da também designada pedra laje e posterior elaboração de projectos de investimentos. Chefiada por João Barbosa, um empresário do Norte de Portugal, a equipa encontrava-se em Moçambique a convite do Governo distrital de Namaacha.

Namaacha é conhecida pelo seu potencial mineiro, sobretudo no fornecimento de pedra para diversas aplicações na construção civil. Uma primeira apreciação leva a concluir que a pedra está a ser explorada de forma artesanal, havendo necessidade para extracção e transformação industrial. “Na verdade, Namaacha tem um potencial muito grande na área da pedra. Só que essa pedra está a ser explorada de forma artesanal” , afirmou Barbosa.

O grande problema, segundo a fonte, está relacionado com a falta de equipamentos e tecnologia moderna para mecanizar a actividade. Em Namaacha, a extracção da pedra é feita com recurso a escopro e martelo, o que condiciona a qualidade e quantidade do produto. “A pedra está a ser extraída manualmente, havendo uma necessidade urgente de criar condições para a mecanização”, sublinhou Barbosa.

Barbosa entende que bem explorada, a pedra de Namaacha pode trazer muita riqueza para a população local, a contar pela procura que tem a nível nacional e internacional. A pedra de Namaacha é muito apreciada não apenas para a construção de casas, mas também para obras públicas, como estradas, e outras aplicações. “Sendo a pedra de Namaacha muito procurada, o que falta é produzir em quantidade e exportar. Sabemos que é muito apreciada na África do Sul e noutros países da região” , concluiu.

No distrito de Namaacha funciona uma fábrica de transformação de placas riolíticas em tijoleiras. Trata-se da Tijoleira de Moçambique, que mensalmente exporta cerca de 400 toneladas para o mercado sulafricano. Numa recente entrevista ao encarregado da fábrica, ficamos a saber que a mesma tem estado a funcionar a meio gás devido ao problema da matéria-prima.

A associação que fornece as placas à Tijoleira de Namaacha não tem conseguido satisfazer quantidades necessárias, resultado da exploração artesanal das mesmas.

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