A Comissão Nacional de Eleições confirmou esta quinta-feira (24) a recepção do pedido formal de prorrogação do recenseamento eleitoral, que termina no próximo dia 29, e diz que o mesmo está a ser analisado. Porém, adianta que, a ser aceite, implicará a alteração do calendário eleitoral, assim como a revisão do orçamento previsto para as eleições gerais de 15 de Outubro.
Esta informação foi prestada pelo porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, quando questionado sobre se a Renamo teria ou não formalizado o seu pedido de prorrogação do recenseamento eleitoral, ao que este confirmou.
É que, segundo António Muchanga, porta-voz da Renamo, o pedido foi submetido à CNE na última terça-feira (22), sendo que as razões do mesmo têm a ver com o facto de considerar que as metas não serão atingidas devido à “paralisação propositada do processo” nas zonas onde goza de forte aceitação por parte do eleitorado.
“Submetemos o pedido de prorrogação porque acreditamos que ainda há muitos eleitores por recensear. Há uma série de questões que têm de ser respondidas até que se tome uma decisão sobre se o pedido vai ser aceite ou não”, explicou Muchanga.
De acordo com o porta-voz da Renamo, os fundamentos apresentados pela Renamo centram-se no início tardio do processo de recenseamento, dificuldades por causa das chuvas que cortaram todas as vias de comunicação necessárias para o funcionamento das brigadas.
Recorde-se que o pedido da Renamo para prorrogação do recenseamento foi formalizado faltando oito dias do término previsto, sendo que o seu líder, Afonso Dlhakama, ainda não se recenseou, alegadamente porque ainda não foram criadas condições de segurança, por parte do Governo, para o efeito.
