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Paulo Vahanle proclamado edil de Nampula após derrotar Amisse Cololo na segunda volta da eleição intercalar

O Conselho Constitucional (CC) validou, na quinta-feira (05), a segunda volta da eleição intercalar da cidade de Nampula, realizada a 14 de Março último, e proclamou o candidato da Renamo, Paulo Vahanle, presidente daquela autarquia, que viveu momentos de turbulência protagonizados pelos seus edis interinos. Um deles, Manuel Tocova, do nada saiu do anonimato e teve fama pelas piores razões à mistura com posse de arma de fogo.

Na primeira volta, a 24 de Janeiro passado, não houve vencedor no processo que visava a eleição do substituto de Mahamudo Amurane, assassinado na noite de 04 de Outubro de 2017, na sua residência em Nampula. Volvidos cinco meses, o crime continua por esclarecer, à semelhança de tantos outros que envolvem políticos, académicos, pessoas versadas em ciências jurídicas e demais cidadãos.

O candidato da Renamo venceu a segunda volta com 58,60% de votos e deixou para atrás o seu adversário da Frelimo, Amisse Cololo, que amealhou 41,40% de votos. Estavam inscritos 296.500 eleitores, dos quais 67% não se fizeram às urnas.

Pese embora a ocorrência de alguns ilícitos eleitorais, que não retiram a validade do processo, segundo o presidente do CC, Hermenegildo Gamito, este afirmou: “o Conselho Constitucional valida o resultado da segunda volta da eleição do presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula e proclama eleito” presidente da mesma autarquia “o cidadão Paulo Vahanle”.

Assim, o político vai dirigir, por cerca de seis meses, a terceira cidade mais importante e, também, que integra o maior circulo eleitoral de Moçambique até à realização das eleições autárquicas, agendadas para 10 de Outubro próximo. Gamito fez saber que houve algumas infracções eleitorais que levaram à detenção de 11 indivíduos. “Foram instaurados, com base nos autos provenientes de seis esquadras da Polícia da República de Moçambique, sete processos com 11 arguidos, seis dos quais por prática de infracções relativas a propaganda eleitoral e cinco por infracções relativas à votação”, disse. No fim do evento, André Magibire, mandatário da Renamo, o tempo que intermedeia a governação de Vahanle e a realização das quintas eleições autárquicas é pouco. Porém, as actividades exequíveis deverão ser materializadas e ele saberá o que fazer para o efeito. Para Chakil Aboobakar, mandatário da Frelimo, a este partido só resta trabalho para que nos próximos escrutínios saia vitorioso, de forma convincente. Vahanle, de 57 anos de idade, é docente, deputado da Assembleia da República (AR) e membro da Comissão Permanente deste órgão legislativo. Ele foi chefe do gabinete provincial de eleições da Renamo, em Nampula. Refira-se que o município de Nampula viveu uma situação de ingovernabilidade e teve dois edis interinos. O primeiro, Manuel Tocova, foi condenado a pena suspensa por desobediência às autoridades judiciais. Mais tarde, o mesmo foi recolhido aos calabouços e condenado a 10 meses de prisão, convertidos em multa, por posse ilegal de arma de fogo. Na sequência, ele foi afastado e no seu lugar ascendeu Américo Iemenle, que, também, devido à demissão ilegítima de vereadores e chefes dos postos administrativos municipais esteve na rota de colisão com o Ministério de Administração Estatal e Função Pública. Mais tarde, a edilidade teve as contas congeladas por causa de um romaria de irregularidades detectadas por aquela instituição do Estado, dirigida por Carmelita Namashulua.

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