Eleitores gregos revoltados com a crise econômica varreram do poder os partidos governistas, segundo pesquisas de boca de urna após as eleições deste domingo, que colocam em dúvida o futuro do país na zona do euro.
Pesquisas de seis diferentes fontes indicaram que os dois únicos partidos a favor do resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) ficarão sem apoio suficiente para formar um governo de coligação estável.
As pesquisas de boca de urna mostram o conservador Nova Democracia e o socialista PASOK conseguindo um máximo de 37 por cento de votos combinados, após terem dominado a Grécia por décadas.
A Coligação de Esquerda, antes considerada um partido pequeno, teria conseguido de 15 por cento a 18 por cento dos votos, como o PASOK. Nas eleições anteriores, tinha ficado com menos de 5 por cento.
O PASOK, tinha recebido 44 por cento nas eleições anteriores, aparece com 14 por cento a 18 por cento, de acordo com a Kapa Research e um pool de cinco emissoras de televisão gregas.
O Nova Democracia também aparece particularmente atingido, abaixo dos cerca de 25 por cento previstos nas pesquisas.
Se esses números forem confirmados pelos resultados oficiais, essas eleições podem levar a Grécia a uma nova instabilidade política, retomando a crise de dívida da zona do euro que Atenas detonou em 2009 e abrindo o caminho para o país deixar a moeda única.