O Partido Congolês do Trabalho (PCT, no poder) ganhou amplamente as eleições legislativas congolesas com 89 assentos dos 139 que conta a Assembleia Nacional, depois da publicação muito tarde, na noite da Terça-feira (7), dos resultados da segunda volta pelo ministro do Interior e Decentralização, Raymond Zéphirin Mboulou.
O partido do Presidente da República, Denis Sassou N´Guesso, é seguido por independentes com 12 eleitos, enquanto o primeiro partido da oposição, a União Pan-africana para a Democracia Social (UPADS, ex-partido no poder), apenas obteve sete assentos contra 11 em 2007.
O Partido Congolês do Trabalho e os seus aliados terão 117 assentos na Assembleia Nacional do Congo. A câmara baixa do Parlamento congolês vai ter 136 eleitos dos 139 previstos, porque três circunscrições de Brazzaville, a capital do país, não votaram, por causa da revisão das listas eleitorais, depois das explosões ocorridas a 4 de Março último num depósito de munições do campo blindado de Mpila que fizeram perto de 300 mortos.
Desde 2002, a Assembleia Nacional congolesa é dominada pelo PCT e pelos seus aliados da Coligação da Maioria Presidencial (CMP).
Reagindo à forte taxa de abstenção constatada durante este escrutínio legislativo, Mboulou notou que, “nalguns países, as eleições deram lugar a contenciosos e, às vezes, a falhas na sua organização”. “A taxa de participação nas operações de voto é às vezes anormalmente fraca, mas a democracia permanece”, considerou.
Segundo ele, o processo foi transparente e justo na medida em que cada candidato foi o suficientemente bem representado. “Os resultados que acabam de ser proclamados são a expressão do veredito das urnas”, frisou Mboulou.
Segundo os observadores da União Africana (UA) e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), estas eleições legislativas congolesas foram marcadas por várias irregularidades.