O aumento dos níveis de competitividade empresarial moçambicana junto dos seus parceiros da África Austral deverá consumir entre 2012 e 2014 cerca de 200 milhões de dólares norte-americanos a serem desembolsados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O valor vai também dinamizar a formação de parcerias entre o sector empresarial público e privado moçambicano, segundo Joseph Ribeiro, representante-residente do BAD em Moçambique, instituição que já recebeu o valor e garante o financiamento de 15 projectos relacionados com a dinamização dos níveis de competitividade empresarial e acções de formação de parcerias públicoprivadas, ao longo dos próximos três anos.
Segundo a explicação detalhada de Ribeiro, o propósito deste esforço é dotar o sector privado moçambicano da “pujança necessária” para passar também a envolver-se no desenvolvimento de projectos das áreas da agricultura, água e saneamento, reabilitação e/ou construção de estradas e montagem de postes de transporte de energia eléctrica em todos os pontos do país, “uma vez que até aqui estes projectos eram apenas realizados pelo sector público, ficando de fora o privado”, vincou o representante-residente do BAD, em entrevista ao Correio da manhã.
Ele acrescentou que as parcerias vão permitir produzir com qualidade necessária “para que o que é feito aqui em Moçambique seja aceite e concorra em pé de igualdade com o que é feito no resto dos países do mercado regional da África Austral”, realçou a fonte, lembrando que este mercado conta desde 2008 com a Zona do Comércio Livre da SADC.
Uma das atribuições desta zona é facilitar a penetração das mercadorias produzidas em cada um dos países membros da SADC e destes para o resto do mundo.
Refira-se que o Banco Africano de Desenvolvimento já aprovou uma carteira de financiamento orçada em cerca de 300 milhões de dólares norte-americanos para viabilização de vários programas de desenvolvimento socioeconómico de Moçambique durante o período 2012/2014.
Moçambique faz parte de um grupo restrito de países africanos que facilmente podem conseguir mais financiamentos do BAD devido à sua reconhecida “estabilidade macroeconómica e política atingida”, enfatizou o representante-residente daquela instituição financeira em Moçambique.